Receita da carne de frango aumentou 22% no primeiro trimestre

Deveria ser mais. Ainda assim, o resultado final pode ser considerado excelente. Pena, somente, que prevaleça o risco de o desempenho do primeiro trimestre não se repetir nos trimestres subsequentes de 2017. Acumulando embarques que somaram 1.055 milhão de toneladas, as exportações brasileiras de carne de frango – aqui considerados os quatro principais itens exportados: cortes, frango inteiro, carne salgada e industrializados – tiveram expansão de apenas 3% no primeiro trimestre de 2017.

Porém, como ocorreu incisiva recuperação nos preços dos dois principais itens exportados – cortes e frango inteiro – a receita do período, próxima de US$ 1.8 bilhão, apresentou crescimento excepcional de 22%. É preciso notar, de toda forma, que o alto índice de expansão se resume ao trimestre. Assim, o acumulado nos 12 meses encerrados em março de 2017 aponta estabilidade no volume embarcado (com incremento de apenas 0,04% ou menos de duas mil toneladas a mais) e incremento de apenas 1,61% na receita cambial, em comparação aos 12 meses anteriores.

É possível observar ainda que os índices de incremento na receita mensal (em relação ao mesmo mês do ano anterior) decresceram com o avançar do ano. O de janeiro apresentou expansão de 33,56% sobre janeiro do ano passado. Em fevereiro esse percentual recuou para 23,95%, e em março ficou em 11,70%.

O recuo ocorrido em fevereiro é até justificável, pois, em ano bissexto, fevereiro de 2016 teve um dia útil a mais que em 2017. Não, porém, o registrado em março passado, sobretudo porque tivemos, neste ano, um dia útil a mais que em 2016. Culpa, sem dúvida, de uma até agora inexplicável ação contra as carnes brasileiras.

 

 

Fonte: AviSite

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