As exportações de soja em grão até a quarta semana de outubro (16 dias úteis) apresentaram uma média diária de 131.400 toneladas, totalizando 2.103.400 toneladas no período. Esse volume é 308,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Mesmo com a queda nos preços da oleaginosa, a receita obtida com as exportações está 216,9% acima do valor registrado em 2014 devido ao maior volume embarcado. O faturamento do período foi de US$ 802.6 milhões, o equivalente a US$ 50.1 milhões/dia, apresentando uma queda de 26,3% na comparação com o mês passado, haja visto que as exportações do milho começam a ganhar espaço nos portos brasileiros.
Os embarques de soja estão em ritmo atipicamente acelerado para o momento, já que estamos em período de entressafra no Brasil e crescente oferta nos Estados Unidos. Mas com a forte demanda – principalmente da China – e o dólar em alta, até mesmo os agentes financeiros estão registrando um aumento no crédito destinado aos exportadores.
Segundo as estatísticas, as exportações totais de farelo e óleo totalizaram 1.235.000 toneladas no acumulado de outubro. Os embarques do óleo de soja neste mês aumentaram 68,7% em volume (para 113.700 toneladas) e cresceram 40,4% em receita (para US$ 70.3 milhões) na comparação com 2014.
No caso do farelo de soja o volume exportado aumentou 36,5% para 1.121.500 toneladas e, a receita cresceu 15,2% para US$ 427 milhões no total das três semanas. De janeiro a setembro as vendas externas de farelo apresentaram um volume recorde de 11.260.000 toneladas no período, um acréscimo de 5% em comparação com os números de 2014.
Segundo dados do MDIC compilados pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), o bom desempenho dos embarques de farelo é reflexo da forte demanda de países como Indonésia, Tailândia e Vietnã. Mesmo a Europa ainda sendo o principal destino do produto brasileiro – 56% – os países da Ásia já alcançaram o segundo lugar com 34% dos embarques.
Fonte: Notícias Agrícolas