Queda do preço da soja requer mais investimentos

Nos últimos seis meses, o preço da saca de soja saiu de R$ 177,03 (média de preço referente a janeiro deste ano), para R$ 136,45 (junho), segundo cálculos do CEPEA. A queda de 22,90% no preço da soja no período acendeu um alerta para os produtores que já começaram a se preparar para a safra 2023/24.

“O produtor precisa elevar o seu percentual de produtividade como forma de compensar a queda no preço da soja, e a utilização de insumos que oferecem melhor relação custo-benefício é uma das maneiras de aumentar a rentabilidade da produção”, indicou Fernando Bonafé Sei, gerente técnico da divisão agrícola da Novozymes.

Dados compilados pela CropLife, organização internacional que representa as fabricantes de insumos químicos e biológicos, apontam que cerca de 80% da área plantada de soja no Brasil na safra 2022/23, ou em torno de 43 milhões de hectares segundo a Conab, receberam aplicação de biofertilizantes, que englobam não só inoculantes, mas toda gama de insumos biológicos, à base de Bradyrhizobium. Isso proporcionou uma economia de cerca de US$ 10 bilhões em fertilizantes nitrogenados, além de evitar a emissão de 430 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, que deixam de ser liberados na atmosfera em um período de um ano.

Bonefé ainda disse que a inserção de microrganismos biológicos na produção de soja, por exemplo, pode ser realizada via sementes já tratadas ou aplicadas no sulco de semeadura.

Para melhor aproveitamento do produto, segundo ele, é importante que o agricultor siga rigorosamente as orientações do fabricante. Fernando indica que mesmo já conhecido no mercado nacional, muitos produtores ainda desconhecem os benefícios e os cuidados com os inoculantes biológicos. O primeiro ponto positivo dos inoculantes está na melhora no desenvolvimento da planta por meio da produção de fitormônios e formação de nódulos ou simbiossomas, capazes de transformar o nitrogênio do ar em amônia mais disponível para a absorção da planta.

Fonte: Agrolink
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