Após quatro meses em queda, os produtos agropecuários voltaram a subir pelo segundo mês consecutivo no atacado.
Essa puxada de preço ocorre devido à pressão do café em grão, que ficou 7% mais caro neste mês, uma evolução bem superior aos 3,36% de setembro.
A falta de chuva nos cafezais brasileiros preocupa o mercado mundial, pois os estoques diminuem e os preços sobem, influenciando também os internos.
As incertezas com a próxima safra brasileira de café –a do ano passado também já havia ficado abaixo das expectativas do mercado– provocam essa alta nos preços devido à liderança do Brasil nesse mercado.
Os dados do atacado foram apurados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da FGV. A instituição aponta, ainda, alta de 2,05% para a carne bovina no mercado atacadista. Essa alta é reflexo dos preços recordes que a arroba de boi gordo atinge no campo, onde é negociada a até R$ 140.
O frango também aparece na lista das maiores pressões no atacado apurada pela FGV. O tomate, com alta de 25,41% devido à seca, também volta a compor essa lista.
Já a soja está entre os produtos que impediram uma maior alta da inflação no atacado neste mês.
A queda dos preços da oleaginosa no início do mês provocou redução de 3,2% nos preços praticados no atacado. Mas essa pressão de baixa poderá perder força nas próxima semanas no atacado, devido à recuperação dos preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago nas duas últimas semanas. O ritmo de colheita nos Estados Unidos está abaixo do esperado.
Fonte: Folha de S.Paulo