O aumento da demanda por financiamentos de custeio levou o governo a aumentar em R$ 6.54 bilhões os recursos a serem disponibilizados via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Dessa forma, o total reservado para este tipo de financiamento foi ampliado em 12%, passando de R$ 53.6 bilhões para R$ 60.1 bilhões.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a maior parte desse reforço (R$ 4.74 bilhões) virá de “recursos novos, a partir da alocação de mais R$ 126.8 milhões de recursos orçamentários em 2022 para o Plano Safra 2022/23”. A outra parte (R$ 1.8 bilhão) terá, como origem, remanejamentos no âmbito dos bancos públicos federais (CEF, BNDES e Banco do Brasil).
“Esses recursos serão destinados aos bancos que operam o Pronaf Custeio e que já sinalizaram insuficiência de recursos para atender a demanda dos agricultores. Assim, R$ 6.07 bilhões serão encaminhados para o Banco do Brasil e R$ 474 milhões para o BNDES”, informou o ministério.
O BNDES receberá, também, recursos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (R$ 287.5 milhões) e do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (R$ 438.5 milhões).
A expectativa do governo é que não haja interrupção na concessão de financiamentos, neste momento em que a safra começa a ser plantada, para o atendimento a pequenos agricultores.
O Mapa destacou que o Plano Safra 2022/2023, lançado em julho, prevê R$ 340.9 bilhões em financiamentos para a produção agropecuária nacional até junho de 2023.
“Dos R$ 340.9 bilhões, já foram contratados R$ 30 bilhões, o que corresponde a 8,80% do total. Mais de 90% dos recursos estão disponíveis para contratação por meio das diferentes instituições que operam no crédito rural, nas modalidades de custeio, comercialização e investimento”, indicou o ministério.