O portal Agrolink retratou recentemente a situação das queimadas no Centro-Oeste. Segundo o boletim de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro a julho deste ano, Mato Grosso soma 8.800 casos, com aumento de 4%, sendo o líder do Brasil.
O Centro-Oeste soma 14.000 casos no período. Produtores passaram a colher o milho e algodão à noite devido aos riscos à operação e cederam máquinas para fazerem aceiros e evitar a propagação.
A baixa umidade e o clima seco fez o Pantanal bater recorde de focos de queimada em julho, com 1.684 pontos, maior número desde 1998.
O Pantanal é a maior planície alagada do mundo, englobando áreas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, da Bolívia e do Paraguai. Mas a estação úmida da região, que normalmente vai de janeiro a maio, teve 50% a menos de chuva. A situação fez Mato Grosso do Sul decretar situação de emergência ambiental.
Em Mato Grosso foram mais de 60.000 hectares de vegetação destruída e a fumaça toma conta de cidades, desde a capital Cuiabá até Rondonópolis, Poconé e Sapezal.
Importante lembrar que no estado as queimadas estão proibidas no período entre 1º de julho até 30 de setembro. Em zona urbana, elas são proibidas durante todo ano. O produtor que for pego usando fogo na lavoura pode ser multado e até preso.
Produtores do Nortão resolveram criar grupos em aplicativos para notificar possíveis focos e ajudar no controle. Em Nova Mutum, o grupo de mensagens reúne donos de 250 propriedades, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Brigada de Incêndio municipal. Com isso, o combate fica mais ágil e produtores podem agir com suas máquinas como apoio.
Em Sorriso, as maiores preocupações dos produtores da região são as queimadas que começam às margens da BR-163 e da MT-249.
Porém, até o momento, a maior incidência é de focos durante colheita, provocados pelos maquinários devido à seca na lavoura. Por lá, as trocas de mensagens servem de orientação. Em Vera, o sindicato rural contratou um tanque d’água veicular.
Agrolink
