Produtores baianos colhem super safra de soja e apostam no êxito do milho e do algodão

Em reunião realizada na sede da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), nesta segunda-feira, o Conselho Técnico da entidade realizou o 2° Levantamento da Safra 2020/2021. A apuração revelou mais uma excelente colheita de grãos e fibra na região oeste, com direito a recorde de produtividade.

Na ocasião, o engenheiro agrônomo Orestes Mandelli assumiu a Presidência do Conselho, em substituição a Landino Dutkievicz, falecido no mês de março, em decorrência da Covid-19.

“Mais uma vez a região alcança destaque nacional na safra de soja, superando a produção de 2017/18. E, pelo volume do milho já colhido, esperamos confirmar mais um grande resultado”, estimou Mandelli.

“Esses são números expressivos, que indicam a consolidação da agricultura no oeste baiano, e isso se deve às condições climáticas favoráveis e o intenso investimentos em tecnologias e técnicas de manejo”.

O agrônomo disse, ainda, que a safra de algodão também tem potencial para igualar ou superar, ligeiramente, o melhor ciclo já registrado.

Bom desempenho

A soja continua alcançando números inéditos, levando, pelo segundo ano consecutivo, o Brasil ao posto de maior produtor mundial do grão. Desta vez, os campos cultivados com a oleaginosa somam 1.7 milhão de hectares, nos quais foram produzidas 6.834.000 toneladas.

Com isso, a Bahia foi novamente a campeã nacional de produtividade, atingindo a média de 67 sacas por hectare, superando o Estado de Minas Gerais, que colheu 62,5 sacas por hectare.

“O conjunto de fatores necessários para o bom andamento da produção, funcionou muito bem, com apenas um curto período de estiagem entre dezembro e janeiro, o que não prejudicou o potencial de rendimento das lavouras”, disse o assessor de agronegócio da Aiba, Luiz Stahlke.

“Os números do fechamento da soja, que apontam a produtividade de 67 sacas por hectare, confirmam a previsão feita pelo Conselho Técnico, em janeiro, durante o primeiro levantamento da safra”.

Milho

A produção de milho na temporada 2020/21, que está em andamento, deve superar os números do ano anterior, apresentando média de 180 sacas por hectare e volume final de 1.8 milhão de toneladas. Isso significa um aumento de 15,90% do total produzido e pouco mais de 9% de acréscimo na produtividade.

Em relação aos preços, a estimativa é de que o milho continue valorizado devido às incertezas sobre o volume a ser produzido na segunda safra e o interesse do mercado interno aquecido.

No início de abril, o produto estava cotado a R$ 73,75 e, atualmente, é comercializado a R$ 85,00 a saca (em 10/05). No caso da soja, a demanda no mercado externo fez com que o valor da saca disparasse, ficando acima de R$ 160,00.

Por outro lado, produtores estão preocupados com o clima, em várias regiões produtivas do Brasil, que pode impactar na produtividade média das lavouras de segunda safra de milho.

Além disso, a elevação dos custos dos insumos mecânicos, minerais e biológicos, pode encarecer a produção no próximo ciclo, reduzindo a margem de lucro e aumentando o risco na atividade agropecuária.

 

Fonte: Aiba

Equipe SNA

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp