Agricultores argentinos venderam 16.4 milhões de toneladas de soja da safra 2020/21, incluindo negócios registrados na semana passada de 869.200 toneladas, informou o Ministério da Agricultura nesta quarta-feira, em relatório com dados atualizados até 28 de abril.
As vendas estão abaixo do volume do ano passado. Nesta época, em 2020, cerca de 20.8 milhões de toneladas de soja argentina já haviam sido vendidas, segundo informações oficiais.
Apesar dos altos preços internacionais, produtores no cinturão agrícola dos Pampas estão segurando a sua produção como proteção contra o declínio da moeda local.
O peso argentino desvalorizou 28,50% nos últimos 12 meses, para 93,75 por dólar, tornando mais lucrativa para agricultores a economia em grãos do que em dinheiro.
O acúmulo tem afetado o afluxo de dólares obtidos com exportações, necessários para reabastecer as reservas de moeda estrangeira do banco central, pressionadas por uma recessão de três anos, exacerbada pela pandemia do Covid-19.
Estimativas
A Argentina é o maior exportador do mundo de farelo de soja, utilizado como ração para porcos e aves na Europa e Sudeste Asiático. A colheita de soja deste ano está estimada em 45 milhões de toneladas, segundo a bolsa de grãos de Rosario.
O governo informou que as vendas de milho 2020/21 atingiram 24.5 milhões de toneladas, 850.000 toneladas a mais do que no mesmo período do ano passado.
A bolsa de Rosario estima uma colheita de milho de 50 milhões de toneladas em 2020/21. O milho da Argentina começa a ser plantado em setembro, com colheita até julho. A temporada de soja vai de outubro a maio.
Fonte: Reuters
Equipe SNA