A produção brasileira de rações e suplementos minerais aumentou 1% no ano passado em relação a 2022, para 82.9 milhões de toneladas, informou, em nota, o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).
Os números ainda ficaram abaixo da estimativa da entidade divulgada em setembro de 2023, que previa um aumento de 1,50%, para 87 milhões de toneladas. Já para este ano, o setor estima um aumento de 2,40%, para 85 milhões de toneladas, “caso a cadeia produtiva de aves e suínos responda positivamente”, principalmente em relação a exportações. Juntando-se o setor de pets e o de suplementos minerais, há perspectiva de se ultrapassarem os 88 milhões de toneladas, informou a entidade, em nota.
No ano passado, segundo o Sindirações, a produção de rações para suínos aumentou 1,20%, para 20.8 milhões de toneladas. Já o segmento de frangos de corte aumentou 2,10%, para 36.5 milhões de toneladas. Para galinhas poedeiras, a produção ficou estável em relação a 2022, em 6.9 milhões de toneladas. Na pecuária leiteira, houve uma queda de 2% na produção de rações em 2023, para 6 milhões de toneladas, resultado da menor rentabilidade da atividade no ano passado, decorrente do menor preço pago pelo litro ao produtor. Na pecuária de corte, embargos chineses no início do ano passado, além da perda do preço da arroba ao longo de 2023 também provocaram queda na produção de ração, na base de 1,60%, para 5.86 milhões de toneladas.
Já para este ano, o Sindirações estima um aumento de 1% para suínos, 3,50% para frangos de corte e de 1% para poedeiras em comparação com o ano passado. Na pecuária leiteira, há perspectiva de estabilidade. Na pecuária de corte, aumento de 1,50%.
Em suínos, o avanço deve vir do aumento das exportações de carne, que devem ser recorde; em frangos, do aumento do mercado interno, além das exportações. Já a oferta de ovos deve aumentar 6% em 2024, “sobretudo por causa daquele consumidor atento à alternativa proteica que melhor se ajusta ao seu orçamento financeiro”. “Na pecuária leiteira, uma estimativa positiva dependerá da melhora no preço do leite e do sucesso das iniciativas de amenização das importações dos lácteos dos vizinhos do Mercosul”, indicou o Sindirações.