A oferta de etanol de milho deve seguir em forte alta na safra 2020/2021 na comparação com a expectativa do ciclo 2019/2020. Em relatório divulgado nesta quinta-feira (31/10), a consultoria INTL FCStone prevê um aumento de 48,20% na produção , para 1.8 bilhão de litros, contra 1.2 bilhão de litros na atual safra.
“O aumento é baseado na ampliação da capacidade produtiva, tanto por meio da inauguração de novas destilarias, em 2019 e em 2020, quanto pela expansão do potencial atual”, indicou a empresa no documento.
Moagem de cana
A moagem de cana-de-açúcar deve ser de 585.7 milhões de toneladas de cana no centro-sul, com leve aumento de 0,40% em relação ao total de 583.3 milhões de toneladas estimado para 2019/2020.
Segundo o relatório do analista de mercado Matheus Costa, a perspectiva é de uma pequena melhora na produtividade, com o aumento na área de renovação de canaviais e de um impacto negativo do tempo mais seco nas lavouras.
Com isso, o rendimento medido em Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana processada deve ficar em 136,3 quilos na próxima safra, com alta de apenas 0,10% sobre os 136,1 quilos de rendimento na atual.
Produção de etanol
A consultoria avalia que a safra no centro-sul brasileiro continuará alcooleira. No entanto, o mix de destino de cana para a produção do biocombustível, de 62,60%, deve ser menor que o previsto para o término da atual, de 65,40%.
“Se confirmada a previsão, a produção de etanol de cana deve ser de 29.4 bilhões de litros na região, com queda de 3,80% em relação ao total previsto para 2019/2020, de 30.6 bilhões de litros”, informou a FCStone.
A produção de hidratado de cana pode recuar 4,70%, para 20.4 bilhões de litros e o volume de anidro de cana deve cair 1,90%, para 9 bilhões de litros entre as duas safras no centro-sul.
Produção de açúcar
A consultoria previu que o mix de destino da cana para a produção do adoçante aumentará de 34,60% para 37,40% na mesma base de comparação. Com mais cana destinada ao açúcar entre as safras, a produção no centro-sul deve ficar em 28.5 milhões de toneladas em 2020/2021, com aumento de 8,80%, em relação as 26.2 milhões de toneladas de 2019/2020.
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