Cerca de 22 embaixadores de diversos países, entre compradores e potenciais interessados no produto brasileiro, participam na sexta-feira, dia 7 de julho, em Primavera do Leste (MT), do 1° Fórum Internacional do Milho. O evento, que é realizado pela Abramilho e Aprosoja, terá como tema central o Cenário do Milho Brasileiro – Oportunidades e Negócios, cujo foco estará centrado na abertura de mercados externos, gestão, produtividade e abastecimento do milho.
Para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, o objetivo deste fórum é mostrar para os embaixadores, principalmente de países com os quais o Brasil quer abrir negócios de exportação do milho, como México, por exemplo, a qualidade da produção brasileira do cereal e todo o seu potencial.
“Queremos mostrar nossa capacidade produtiva, o potencial genético e a tecnologia que empregamos na produção do milho no Brasil”, disse Glauber. “A última safra totalizou quase 100 milhões de toneladas e há perspectivas para dobrar esse número sem intervenção na natureza”, ressaltou.
O vice-presidente a Abramilho disse ainda que o fórum trouxe, ao longo de todos os que foram realizados, um debate sobre a situação atual da cultura e o que precisa ser melhorado para atender à demanda crescente nos próximos 50 anos.
Aprosoja
Para Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), o fórum é um evento importante para fomentar a cadeia do grão em todo o país. “Temos de ressaltar a importância destas discussões, que visam a apresentar novas tecnologias, abrir mercados para o produto e ressaltar a necessidade de verticalização da produção”, disse.
Em Mato Grosso, a safra de milho deve chegar a 30 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com produtividade média de 103 sacas por hectare. “É uma produtividade esperada, mas a grande safra deixou evidente, mais uma vez, os problemas que temos com logística de transporte e de armazenagem”, apontou Dalcin.
Por isso, o presidente da Aprosoja insiste na verticalização. “As usinas de etanol estão no farol da associação porque é algo que podemos trabalhar a médio prazo. Também é fundamental que aumente a indústria de proteína animal para o consumo do milho no estado”.
Endrigo também lembra que, como os preços não estão remunerando a produção em grande parte de Mato Grosso, muitos agricultores irão fechar a safra no vermelho. “Tivemos um alívio com a comercialização aumentando, muito por causa dos leilões governamentais. Porém, não podemos ficar dependentes do preço mínimo. É preciso ter rentabilidade”, destacou.
Serviço:
Fórum Internacional do Milho
Data: 7 de julho de 2017
Local: Sindicato Rural de Primavera do Leste
Av. Campo Mourão, 1.500 – Distrito Industrial anexo ao Parque de Exposição, Primavera do Leste, Mato Grosso
Fonte: Aprosoja