Pressionados pelo início da colheita em algumas regiões do país e pelos relativamente altos estoques de passagem ainda existentes, os preços do milho voltaram a cair ontem (17/1). A pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) registrou preços médios em Campinas, a principal praça de referência do país, em queda de 1,31% para R$ 36,82/saca, aumentado para 3,99% as perdas em janeiro.
Segundo a XP Agro, com isto, aos poucos, as cargas de milho reaparecem. “Após dias sem negociações, produtores voltaram a ofertar pequenas cargas para testar os níveis de preço. Indústrias e granjas, todavia, se mostram abastecidas e aproveitam para pressionar as referências”, disse o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.
Segundo ele, quando existe alguma necessidade de compra, “a preferência é pelos lotes tributados (originários de Minas e Mato Grosso do Sul), para que o diferido fique de lado”.
De acordo com Pacheco, “intermediários e silos, que tentavam inflacionar o mercado em cima da baixa liquidez, saíram de cena. De maneira geral, o avanço da colheita de verão ainda muda as atenções do milho para a soja e deixa uma lacuna no mercado”.
A amostra da XP Investimentos tem média de R$ 38,09/saca, com queda de R$ 0,50/saca. Nos portos, as cotações também permanecem estáveis. Os preços para janeiro/19 e março/19 estão em R$ 39,00 e R$ 39,50, respectivamente. O total dos line up’s de milho para janeiro/19 está em 3.47 milhões de toneladas, enquanto o da soja está em 2.83 milhões de toneladas.
Agrolink