Preços da soja no Brasil sobem com compras chinesas

As novas compras chinesas acabaram elevando os preços da soja no País, segundo informou a T&F Consultoria Agroeconômica, nesta quinta-feira. As informações são baseadas em dados do CEPEA.

“A pesquisa diária do CEPEA registrou uma nova alta de 0,12% nos preços médios da soja para R$ 88,13, contra R$88,02/saca no dia anterior, nos portos do sul do Brasil, ou seu equivalente nos demais estados, aumentando a variação mensal para 0,26%, contra 0,14% no dia anterior. No interior, o Indicador do CEPEA registrou uma alta maior, de 0,17%, para a média de R$ 82,95/saca, aumentando a média mensal de janeiro para 0,18%”, indicou a T&F.

No entanto, os negócios ainda continuam travados no mercado físico, com preços cada vez mais distantes entre compradores, “que querem manter os níveis baixos”, e os vendedores, “que puxam muito para cima”. “O Dia D será o da limpeza dos armazéns, para cada empresa”.

“No Rio Grande do Sul, os preços continuaram a R$ 86,00 em Passo Fundo e R$ 86,00 em Cruz Alta. O preço no porto de Rio Grande se manteve a R$ 89,00/saca para dezembro. Percebe-se um claro interesse maior da indústria do que dos exportadores”.

Em relação às compras da China, os asiáticos adquiriram mais 6 cargos (360.000 toneladas) de soja brasileira nesta quarta-feira, para embarques em fevereiro, março, abril, maio, junho e julho e, com isso, os prêmios nos portos de Origem no Brasil subiram cerca de US$ 0,05/bushel para todas as posições.

“No mercado futuro em Paranaguá houve negócios para fevereiro a +US$ 0,55/US$ 0,57/US$ 0,58 sobre março CBOT, para março a +US$ 0,47/US$ 0,48/US$ 0,50, para abril a US$ 0,38 sobre maio CBOT, para junho a US$ 0,50 sobre julho CBOT e para julho a US$ 0,45/US$ 0,47. Os prêmios CIF portos da China da soja brasileira também subiram cerca de US$ 0,05/bushel para as posições mais próximas, enquanto as mais distantes permaneceram inalteradas”.

Soja fecha em alta em Chicago, apesar do dia de aversão ao risco

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 3 a 3,25 centavos. O março/20 fechou cotado a US$ 9,47¼ e o maio/20 a US$ 9,60¼ o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em leve alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 0,50 a US$ 0,70. O março/20 fechou cotado a US$ 301,60 e o maio/20 a US$ 306,20 a tonelada curta.

O mercado volta a sentir a pressão de um dia de aversão ao risco diante do agravamento das relações entre Irã e EUA. O ataque atingiu duas bases norte-americanas localizadas no Iraque e botou, mais uma vez, o mercado em alerta.

E o centro das discussões, de fato, tem sido este desde o final da última semana e, segundo o consultor da Cerealpar e da AgroCulte, Steve Cachia, e assim os fundamentos acabam ficando, pelo menos por hora, mais distantes dos direcionamentos dos negócios.

Na outra ponta, o mercado espera pelos novos números do USDA que serão divulgados na sexta-feira, o que traz algum equilíbrio aos negócios e mantém a cautela no mercado.

Complementando o cenário, há ainda as expectativas para a assinatura da fase um do acordo entre China e Estados Unidos que pode acontecer no dia 15 de janeiro.

Milho fecha em leve baixa na CBOT

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em leve baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 0,25 centavos. O março/20 fechou cotado a US$ 3,84¼ e o maio/20 fechou cotado a US$ 3,91¼ o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 2,50 a 3 centavos. O março/20 fechou cotado a US$ 5,52¾ e o maio/20 fechou cotado a US$ 5,56¼ o bushel.

O USDA anunciou, nesta quarta-feira (8), uma venda de 207.000 toneladas de milho da safra 2020/21 para destinos não revelados.

Mercado Interno

O percentual de alta do milho dobrou novamente, segundo informações divulgadas pela T&F Consultoria Agroeconômica. Segundo os dados, ele atingiu 3, 37% em uma semana de negócios.

“O mercado de milho está progredindo rapidamente, ultrapassando os R$ 50,00 /saca na BM&F (R$ 50,26, para ser bem exato) e continua com tendência de alta. Com isto a média diária apurada pelo CEPEA registrou nova alta de 1,93% nos preços médios do milho pagos na região de Campinas, principal ponto de referência para o trigo nacional”.

Nesse cenário, uma pesquisa particular da T&F registrou vendedores a R$ 45,00 e compradores a R$ 43,50 no Oeste do Paraná. “Em Campos Gerais o preço do milho tem comprador a R$ 43,00 nas fábricas no mercado spot, R$ 42,00 no porto de Paranaguá e R$ 43,0 futuro para abril posto fábricas. No Rio Grande do Sul os preços do milho estão entre R$ 41,00/R$ 42,00 no interior, mas as indústrias estão focadas em receber seus contratos negociados anteriormente e buscando ofertas para fevereiro”.

“No Rio Grande do Sul, houve negócios de lotes a R$ 46,00/saca na região norte do estado e a R$ 46,30/saca na Serra, para retirada imediata e pagamento em 10 dias, para pequenos criadores e fábricas de ração. Antes do Natal, negócios saíram no Estado por R$ 45,50 a R$ 46,00/saca. Os grandes compradores pagam ao redor de R$ 43,00/saca, no estado”.

Além disso, a T&F informa também que o clima está se tornando cada vez mais importante para a Safrinha brasileira de 2020, não apenas para o abastecimento interno, como para atender a exportação, potencializada com o dólar.

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