Pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apurou que os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (29/1) subindo 0,27% nos portos, com as tradings pagando (sobre rodas) cerca de R$ 77,46/saca. No interior, aproveitando as leves altas do farelo e do óleo durante a sessão (fecharam em queda), as indústrias também puderam oferecer preços 0,43% mais altos, a R$ 72,37/saca.
Como fatores formadores dos preços, a T&F Consultoria Agroeconômica apontou que o “dólar fechou em forte queda de 1,14% ontem, mas, durante o dia, chegou a subir 0,02%”.
Segundo a T&F, “da mesma forma, (em Chicago) a cotação da soja para março fechou em queda de 4,25 centavos/bushel (ou 0,46% a US$$ 9,19), mas durante o pregão sua máxima chegou a estar quase no mesmo nível do dia anterior. Some-se a isto a alta de 10% dos prêmios ou US$ 0,05 /bushel para o embarque março e de US$ 0,01/bushel para o maio”.
“Estas altas, porém, apenas amenizaram a queda de 3,38% em janeiro nos portos e de 2,33% no interior. As informações recebidas do interior nos reportam que, apesar da queda de CBOT e câmbio, os preços se sustentaram, porém, os produtores estão (de olho) na falta de chuva (que poderá fazer os preços subirem mais) e continuam fora das vendas”, disse o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.
Fundamentos
O relatório de acompanhamento das lavouras divulgado nesta terça-feira pelo Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, registrou que o estado já colheu 20% da safra 2018/19, contra zero na mesma época do ano passado.
Cerca de 86% das lavouras estão em condições boas/excelentes, 25% em condições médias e 7% em condições ruins. “Com relação à comercialização, o estado já negociou 19% do que estima produzir, contra 11% na mesma época do ano passado”, afirmou Pacheco.
Agrolink
