As cotações da soja tiveram nesta segunda-feira (25/6) um dia de queda no mercado físico brasileiro, influenciadas pela queda do dólar (0,14%) e da Bolsa de Chicago (2,33%). Segundo os índices do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em média os preços caíram 1,06% nos portos e 0,69% no interior do País.
Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, a maior parte das tradings está fora de mercado por duas razões: a primeira é a falta de definição sobre o frete, o que não lhes permite estabelecer exatamente os novos preços de compra nos portos. “Os que existem são teóricos, porque não há negócios efetivos de vulto”, disse Pacheco.
A segunda razão é o volume já comprado até o final de julho e início de agosto, o que permite às tradings uma “certa tranquilidade” por mais algumas semanas, principalmente à espera da definição dos fretes.
“Tudo isto reflete sobre os preços no interior do país, por falta de demanda. O mesmo acontece com as indústrias, que tem soja em casa por muito tempo (a maioria tem armazéns nos quais recebe direto do agricultor, e por isso não tem mais pressa em comprar) e não tem pressa agora”, afirmou o analista da T&F.
Ainda segundo a consultoria, as exportações de soja em grão sentiram o baque da greve dos caminhoneiros e isto está se refletindo neste mês de junho.
“Não houve o devido abastecimento dos portos a partir de 31 de maio, quando saiu a fatídica tabela dos fretes e isto significou menos volume de embarques nos portos. Em junho, os embarques foram 15,1% menores do que maio, mas 14,1% maiores do que junho do ano passado”, disse Pacheco.
Fonte: Agrolink