“O panorama mundial é muito positivo para a carne bovina brasileira. Segundo levantamento da FAO, o consumo per capita global está hoje em torno de 39 kg por habitante, mas deve aumentar para 47 kg/hab/ano nas próximas duas décadas e ultrapassar os 52 kg/hab/ano em 2050. O consumo aumenta e a população mundial também. Serão 2 bilhões a mais de pessoas nos próximos 40 anos”.
A informação é de Marcus Vinícius Pratini de Moraes, ex-ministro da Agricultura, membro do conselho de administração da JBS e vice-presidente do conselho de administração da Cosan, que abriu esta semana em Goiânia (GO) a Interconf 2011 – Conferência Internacional dos Confinadores, iniciativa da Associação Nacional dos Confinadores.
Pratini falou para uma atenta plateia de mais de 1.000 pecuaristas brasileiros e de países vizinhos. Ele ressaltou a “grande importância” do agronegócio e particularmente do complexo carnes para o superávit da balança comercial brasileira. “Se a economia vai bem é muito por conta do agronegócio que somente entre janeiro e julho deste ano é responsável por saldo comercial de US$ 42 bilhões para o país”, disse o ex-ministro.
Ele também minimizou o embargo russo à carne bovina brasileira. “É muito mais caro para a Rússia produzir gado lá. O país é um grande importador de nossa carne e continuará sendo. O mesmo não ocorre com frango e carne suína, cujas vendas à Rússia enfrentam entraves que precisam ser negociados”, assinalou Pratini de Moraes.
Em sua quarta edição, a Interconf já se consolida como o mais importante encontro da pecuária de ciclo curto (confinamento e semiconfinamento) do Brasil. Esse segmento é responsável pelo abate de cerca de 3 milhões de cabeças/ano, equivalente a cerca de 8% da produção total.
Para Eduardo Moura, presidente da Assocon, está claro que o confinamento é a forma mais inteligente de aumentar a produtividade na pecuária em área territorial reduzida de maneira mais sustentável.
A abertura da Interconf contou com a presença dos ex-ministros da Agricultura Pratini de Morais e Luiz Carlos Guedes Pinto, além do secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás, Antonio Flavio Camilo de Lima, o presidente da Federação da Agricultura de Goiás José Mário Schreiner, o vice-presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura Ricardo Yano e o diretor geral do Canal Rural, Donário Lopes de Almeida.
Fonte: Agrolink