Pragas causam perdas de até R$ 55 bilhões à agricultura no Brasil

A entrada e a disseminação de pragas exóticas tem se mostrado um problema para a agricultura brasileira nas últimas décadas. Desde o final do século XIX, inúmeras pragas exóticas foram introduzidas no Brasil, comprometendo a produção em diversas culturas e causando grandes prejuízos aos agricultores ao longo dos anos.

Estudos recentes apontam uma perda média anual de até 7,7% da produção agrícola brasileira, ou o equivalente a 25 milhões de toneladas, devido ao ataque de moscas, lagartas e outras doenças que atacam as plantas. De acordo com texto publicado no livro “Defesa Vegetal – Fundamentos, Ferramentas, Políticas e Perspectivas”, as perdas do agronegócio brasileiro podem chegar a R$ 55 bilhões ao ano.

Este não é um problema que assusta apenas no Brasil. Com o aumento do comércio mundial de alimentos, os países ficaram mais vulneráveis à introdução de espécies exóticas, que podem comprometer as plantações locais devido à falta de predadores naturais. Estima-se que, no mundo, as perdas da agricultura devido aos ataques de pragas cheguem a impressionantes US$ 1,4 trilhão, ou quase 5% do PIB mundial.

Para discutir os desafios da agricultura e o futuro da produção de alimentos no mundo, será realizado no próximo dia 30 de junho, em São Paulo, o primeiro Workshop Internacional Ameaças Fitossanitárias, evento realizado pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), Associação Brasileira de Defesa Vegetal (Andef) e Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), órgão ligado ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O evento reunirá alguns dos maiores espcialistas mundiais em defesa vegetal, como Marco Muñoz, do “Servicio Agrícola y Ganadero”, que falará sobre a estruturação do sistema de vigilância e prevenção de pragas no Chile e Alejandro Lorca Ruiz, coordenador geral de inspeção e sanidade vegetal no porto de Madri, na Espanha. Entre os brasileiros, destaque para Luís Eduardo Pacifici Rangel, do Ministério da Agricultura, Marcelo Lopes da Silva, da Embrapa, e Luiz Carlos Ribeiro, da Andef. O livro “Defesa Vegetal – Fundamentos, Ferramentas, Políticas e Perspectivas” será lançado ao final das palestras.

 

Fonte: Agrolink

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