Nos dez primeiros meses deste ano, foram despachadas 9.81 milhões de toneladas de cargas pelos portos de Barcarena e Santarém destinadas pelo agronegócio ao mercado internacional. Esse volume representou 6,2% do total exportado pelo setor no país em igual período, de acordo com números do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Comparado aos 12 meses do ano passado, quando os terminais portuários do Pará registraram a exportação de 6.34 milhões de toneladas, representando pouco menos de 4,0% do volume total embarcado pelo setor, registrou-se um salto de 54,7%.
A opção de produtores, cooperativas, indústrias e tradings pela saída Norte vem se consolidando com os investimentos realizados e os que estão a caminho. Em 2010, aqueles dois portos exportaram 1.73 milhão de toneladas, representando menos de 1,5% de tudo o que o agronegócio brasileiro vendeu lá fora naquele ano.
Entre janeiro e outubro, segundo Instituto MatoGrossense de Economia Agropecuária (Imea), aproximadamente 25% das exportações de soja e milho do Mato Grosso, maior produtor, saíram do país por Barcarena e Santarém. Foram 4.45 milhões de toneladas de soja em grão e três milhões de toneladas de milho, representando altas de 46,8% e de 63,5% diante dos dez meses iniciais de 2016.
Num levantamento da Companhia Docas do Pará (CDP), apenas os terminais do complexo grãos e fertilizantes sob sua administração receberam investimentos próximos a R$ 1.9 bilhão, para instalação de uma capacidade de 14.5 milhões de toneladas. Os projetos anunciados ou em andamento, num total de quatro novos terminais de grãos, deverão agregar mais 20.4 milhões de toneladas de capacidade, num investimento previsto de R$ 1.49 bilhão.
Associada à Glencore, que entrou no projeto em fevereiro de 2015, a ADM concluiu em julho o processo de modernização e expansão do Terminal de Grãos Ponta da Montanha S.A. (TGPM), em Barcarena, elevando sua capacidade de 1.5 milhão para 6 milhões de toneladas. “O investimento na região se justifica por ser uma área estratégica para o escoamento de grãos”, disse Eduardo Rodrigues, diretor de Portos e Logística da ADM para América do Sul.
Fonte: Valor Econômico