O plantio da nova safra do trigo está avançando no Brasil. Quanto à demanda, segundo colaboradores do CEPEA, o interesse de compra por parte de moinhos segue baixo, já que a procura por derivados está fraca. Neste contexto, o ritmo de negócios está lento; porém, o movimento de queda nos preços tem sido menor nos últimos dias. Levantamento do CEPEA mostra que, na última semana, os preços do trigo pagos ao produtor e no mercado de lotes (negociações entre empresas) continuaram em baixa no Rio Grande do Sul, no Paraná, em São Paulo e em Santa Catarina.
Açúcar: Cotações têm ligeiras variações
As médias de preços do açúcar cristal branco oscilaram pouco na semana passada no mercado spot paulista, variando nas casas de R$ 148,00 a R$ 149,00 por saca de 50 kg, segundo dados do CEPEA. Quanto à liquidez, esteve baixa nos últimos dias. A oferta dos lotes do Icumsa até 180 está restrita para as vendas domésticas, uma vez que, para as usinas, as exportações estão mais atrativas. Além disso, a demanda na pronta-entrega não tem dado sinais de aquecimento, alguns compradores que normalmente negociavam no mercado spot optaram por garantir o recebimento do açúcar por meio de contratos.
Etanol: Vendas do anidro aumentam
As vendas de etanol anidro nas usinas do estado de São Paulo dobraram na semana passada em relação à anterior, segundo levantamento do CEPEA. Em relação aos preços, entre 22 e 26 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro foi de R$ 2,9204/litro, valor líquido de impostos (PIS/COFINS), pequena queda de 0,59% em relação à semana anterior. Vale lembrar que os preços desse biocombustível registraram quedas entre 3,44% e 4,60% nas quatro semanas anteriores.
UNICA – Na primeira quinzena de maio, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), o volume total vendido de etanol anidro combustível foi de 504.28 milhões de litros, volume próximo dos 531.63 milhões de etanol hidratado. Os números semelhantes nas saídas podem tratar de provável recomposição de estoques do biocombustível em função da alta demanda por gasolina C, o que, por sua vez, se deve à perda de competitividade do hidratado nas bombas.