Plantio de soja dispara em Mato Grosso com ajuda de chuvas

O plantio de soja em Mato Grosso, maior produtor do País, avançou nesta semana para 42,3% da área total, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, informou hoje o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em uma semana, houve crescimento de 10,9%, indicou a entidade ligada aos produtores rurais.

A região oeste de Mato Grosso é a mais avançada no plantio, que já alcança 66% da área prevista.”Os produtores têm mais equipamentos, têm mais maquinário e a chuva está colaborando. Choveu em quase toda a região, embora tenha algumas áreas isoladas onde choveu menos”, disse a presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Giovana Velke.

Segundo ela, há uma preocupação dos produtores em realizar um plantio escalonado que permita uma colheita em períodos diversos, uma vez que há previsão de chuvas excessivas nos primeiros meses de 2017. Com o escalonamento, é possível diminuir o risco de toda uma lavoura estar pronta para a colheita e receber umidade excessiva, que prejudica a qualidade dos grãos.

O relatório de hoje da Somar Meteorologia indica que Mato Grosso irá receber pancadas de chuva ao longo dos próximos cinco dias, pelo menos, o que permitiria a continuidade dos trabalhos de plantio.”No decorrer da próxima semana, uma frente fria na altura do Espírito Santo organiza chuva mais intensa e abrangente sobre Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso”, informou a Somar.

Segundo o agrometerologista Marco Antônio dos Santos, do Rural Clima, o fim de um bloqueio atmosférico irá permitir a entrada de muita umidade do Oceano Atlântico para o interior do País. “A partir de meados da semana que vem, as chuvas retornarão de forma generalizada e com certa frequência. Isso vai permitir que o plantio de soja deslanche em todas as regiões do Brasil”, disse ele.

Mato Grosso deverá plantar 9.37 milhões de hectares da oleaginosa na temporada 2016/17 – aumento de 0,6% em relação ao período anterior. A colheita estimada pelo Imea é de 29.9 milhões de toneladas, com crescimento anual de 7,5%, devido ao aumento da produtividade, após o período em que chuvas irregulares atrapalharam o desenvolvimento da safra passada.

 

Fonte: Reuters

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