Plano Safra: Secretaria do Tesouro remaneja recursos e reforça investimentos

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) remanejou recursos do orçamento federal para suplementar as linhas de investimentos do Plano Safra 2021/22 com R$ 875.4 milhões. Com a alta de juros na economia, os gastos com a equalização aumentaram e o governo precisou movimentar os recursos restantes para cumprir as operações já contratadas. Desde setembro, várias linhas deram sinais de esgotamento.

O movimento também engordou o caixa do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) com R$ 574.3 milhões. Ao todo, são quase R$ 1.5 bilhão de realocações.

Os recursos saíram de previsões de aplicações no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Programa Emergencial de Reconstrução de Municípios Afetados por Desastres Naturais, do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), de operações do Pronaf, de custeio e alongamento de dívidas.

Fontes do governo afirmaram que a suplementação de recursos, mesmo com o cancelamento de orçamento previsto para a equalização de outras operações de crédito rural, foi feita para poder cumprir o compromisso já contratado nos investimentos, que são linhas de mais longo prazo. O aporte foi necessário por conta do “aumento de custos bem acima do esperado”, com o movimento de alta nos juros.

Ainda não há garantia de reabertura de linhas, que começaram a ser fechadas já no mês de setembro, com o esgotamento de recursos. Ao mesmo tempo, o Ministério da Agricultura planeja remanejamentos no orçamento específico do Plano Safra 2021/22, de R$ 13 bilhões, para atender a demanda aquecida em algumas linhas.

De dinheiro “novo”, são aproximadamente R$ 50 milhões para os investimentos. O restante vem de cancelamentos das alocações iniciais para o próprio Pronaf (R$ 203.7 milhões), do custeio agropecuário (R$ 461.4 milhões) e do Programa de Garantia de Preços Mínimos (R$ 159 milhões).

 

Fonte: Valor

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