O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do país calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) registrou leve alta de 0,07% em fevereiro, mas ainda assim fechou o primeiro bimestre do ano com redução de 0,46%.
Segundo levantamento divulgado ontem, o avanço de fevereiro foi garantido pelo segmento agrícola, cujo PIB cresceu 0,19% no mês. No primeiro bimestre, porém, houve queda de 0,32%. Na pecuária, houve retrações em fevereiro (0,27%) e no bimestre (0,87%).
Considerando os ramos agrícola e pecuário, destacou o Cepea, na área de insumos houve crescimentos em fevereiro e no bimestre, de 1,13% e 2,35%, respectivamente, sustentados pelo desempenho tanto das indústrias de fertilizantes e quanto de defensivos.
No segmento primário (agrícola e pecuário), que cresceu 0,45% em fevereiro mas acumulou queda de 0,92% no primeiro bimestre, os custos de produção aumentaram, mas preços e volumes, em algumas cadeias, compensaram. Entre os produtos que ficaram mais valorizados no bimestre estão batata, arroz, cacau, feijão, laranja, milho, soja, algodão, trigo, uva, frango e leite.
Entre as agroindústrias, cujo PIB recuou 0,13% em fevereiro e 0,34% no primeiro bimestre, as de base agrícola sentiram os reflexos negativos da queda da produção de grãos como a soja, ao passo que as ligadas à pecuária acusaram problemas provocados pela alta dos custos.
Na área de serviços, houve quedas em fevereiro (0,11%) e nos primeiros dois meses do ano (0,65%). Mas surgiram sinais de retomada em fevereiro, sobretudo do ramo agrícola.
Valor Econômico