A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou, nesta sexta-feira, que 5.909.545 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação da Peste Suína Africana (ASF, na sigla em inglês).
O número representa um aumento de 208.178 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 6 de setembro. Os dados da FAO foram atualizados até ontem (12/9). Segundo a organização, o balanço da entidade compila informações obtidas dos órgãos federais dos países.
O aumento do número de animais eliminados em virtude da infecção se deve, principalmente, à elevação no número de suínos abatidos no Vietnã, que passou de 4.5 milhões para 4.7 milhões de animais. É a pior condição quanto ao volume de animais levados ao abate sanitário.
No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu 63 províncias, desde o relato da doença em 19 de fevereiro.
A FAO informou também que oito novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Dos casos detectados, 7 foram reportados nas Filipinas e um na China. Com a atualização, a FAO estima 346 focos da doença espalhados pela Ásia, contra os 338 reportados no relatório anterior da organização.
No levantamento de hoje, a FAO incluiu a identificação da doença nas Filipinas. O Departamento da Agricultura do país confirmou a identificação do primeiro surto em 9 de setembro. O vírus foi identificado em sete aldeias das províncias Rizal e Bulacan, levando ao abate sanitário de 7.950 animais.
A situação mais crítica, em termos de extensão, continua sendo a da China, com 157 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. No país, um novo foco da doença foi detectado na região autônoma de Xingxia Hui, que levou ao abate sanitário de 226 animais.
Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1.17 milhão de suínos foram abatidos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país.
Nos demais países afetados pela doença no continente, Mongólia, Camboja, Laos, Mianmar e Coreia do Norte, os números ficaram inalterados em relação ao relatório anterior. No Camboja, segundo o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2.850 animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, levando à eliminação de 77 animais. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3.100 animais – aproximadamente 10% do plantel do país.
No Laos, desde a detecção da epidemia em 20 de junho, 94 focos foram relatados em 14 províncias e 25.000 animais foram eliminados. Em Mianmar, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo local em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos e já levou ao abate sanitário 131 animais.
Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado, por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.
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