Pesquisadores criam sensor para detectar doenças do trigo

Pesquisadores do Brasil e do Reino Unido desenvolveram um sistema que identifica precocemente doenças no trigo. O trabalho, que envolve Embrapa e Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC), utiliza sensores de imagens para quantificar reações diferenciais de plantas infectadas por patógenos.

As novas técnicas de fenotipagem por uso de câmeras de infravermelho captam sintomas não visíveis que ajudam a identificar precocemente uma doença e distinguir, com precisão, plantas suscetíveis e mais tolerantes ou resistentes. “Outros equipamentos portáteis, como porômetro e espectrômetro, também podem ser aplicados para medir níveis de estresses de plantas infectadas”, revela a Embrapa.

O complexo de manchas foliares, que podem comprometer até 40% da produção, são o foco inicial do trabalho. “O projeto tem como objetivo aplicar as novas técnicas de fenotipagem visando a maior precisão e automação na avaliação de doenças no trigo”, explica o pesquisador Flávio Santana, líder do projeto na Embrapa Trigo.

Como primeiro resultado do projeto em parceria, foram caracterizados genótipos parentais de uma população de trigo denominada “MAGIC population” quanto à resistência à mancha-amarela. O interesse em caracterizar tal população é o fato de ser possível encontrar novos genes de resistência à doença.

“Nós, brasileiros, temos expertise em driblar as adversidades do clima, enquanto os pesquisadores do Reino Unido são pioneiros na geração de conhecimentos científicos sobre a fitossanidade do trigo e contam com tecnologia de ponta para buscar a solução de problemas com pragas e doenças em cereais de inverno”, explica o pesquisador Paulo Pereira.

 

Fonte: Agrolink

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