Pesquisador referência em controle biológico de pragas faz palestra em Dourados

pesquisador José Roberto Postali Parra, da área de Entomologia da Esalq/USP, estará na Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) para ministrar a palestra “Oportunidades do Controle Biológico no Manejo Integrado de Pragas Agrícolas”. Foto: Arquivo USP
Pesquisador José Roberto Postali Parra, da área de Entomologia da Esalq/USP, estará na Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) para ministrar a palestra “Oportunidades do Controle Biológico no Manejo Integrado de Pragas Agrícolas”. Foto: Arquivo USP

O pesquisador José Roberto Postali Parra, da área de Entomologia da Esalq/USP, estará na Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) para ministrar a palestra “Oportunidades do Controle Biológico no Manejo Integrado de Pragas Agrícolas”. O evento é gratuito, na segunda-feira, 18 de abril, das 13 horas às 14h30, no Auditório da instituição. O público-alvo são técnicos, acadêmicos, produtores rurais e demais interessados na área de controle biológico que trabalham com cana-de-açúcar, milho e soja.

O tema central das pesquisas de Parra são técnicas de criação e nutrição de insetos para Programas de Controle Biológico, com ênfase a parasitoides de ovos, especialmente a vespa parasitoide Trichogramma spp.

O pesquisador Parra é membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academy of Science for the Developing World. É professor Titular do Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq/USP, além de outras qualificações.

“Não é demais dizer que Dr. Parra é uma referência para técnicos e produtores rurais e também uma inspiração para os profissionais da área e estudantes de graduação e pós-graduação em entomologia, como por exemplo os acadêmicos da UFGD”, diz o pesquisador Harley Nonato de Oliveira, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste.

Tanto Oliveira quanto o pesquisador Crébio Ávila, ambos da Unidade da Embrapa em Dourados, que fazem parte da equipe docente do programa de pós-graduação em entomologia da UFGD, destacam que a vinda do professor enriquece o conhecimento de todos os que estarão presentes.

 

OPORTUNIDADE

“É uma oportunidade para nós como instituição e para o Estado de Mato Grosso do Sul termos a presença do Dr. Parra. A vinda dele é uma grande oportunidade de disseminar a informação e fortalecer o controle biológico de pragas como uma das mais importantes ferramentas do manejo integrado de pragas. Além disso, ele é uma pessoa acessível, o que contribui para o diálogo e a interação”, afirma Oliveira.

Segundo Parra, para o Brasil ser líder em controle biológico, assim como é líder em pesquisas para agricultura tropical, ainda é necessário desenvolver modelos específicos para as áreas tropicais. “Temos que vencer algumas barreiras, como mudar a mentalidade do uso do agroquímico como solução única para o controle de pragas, assim como a pouca variedade de produtos biológicos disponíveis no mercado. São desafios que devem ser transpostos, mas as perspectivas para o Brasil são boas”, destaca.

Oliveira relata ainda que tanto produtores, técnicos quanto empresários em Mato Grosso do Sul têm se mostrado atentos a esse tema, não somente buscando incrementar ações de controle biológico na cultura da cana-de-açúcar, “em que se tem um dos maiores programas de controle biológico do mundo, mas também buscando alternativas que possam ser comercialmente utilizadas nas culturas do milho e da soja, bem como dinamizar formas de liberação desses inimigos naturais”.

 

O CONTROLE

O controle biológico é uma das ferramentas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que utiliza patógenos, predadores e parasitoides para a supressão de populações dos insetos-praga. Entre suas vantagens está a redução de defensivos agrícolas e, consequentemente, a diminuição do risco de atingir organismos não-alvos. Além disso, a técnica de controle biológico não provoca o surgimento de populações de pragas resistentes; não afeta outras táticas de controle; e não deixa resíduos tóxicos em alimentos, água e solo.

O MIP é formado por diversos métodos para manter o ambiente em equilíbrio, com redução de agroquímicos, com o objetivo de evitar a proliferação de insetos considerados pragas – e sem riscos à produtividade.

 

Fonte: Embrapa Agropecuária Oeste

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