A partir de uma série de relatos de caminhoneiros, a FreteBras, plataforma online de transporte de cargas, fez uma pesquisa sobre os principais problemas enfrentados pelos motoristas em virtude da pandemia de Coronavírus.
Segundo a sondagem, 32% dos caminhoneiros responderam que a alimentação “não está disponível”, provavelmente em função de decretos municipais e estaduais que levaram ao fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais. Além disso, 18,4% relataram que os preços da alimentação estão “mais caros que o normal”.
Sobre o funcionamento da ducha nos postos, 18% dos caminhoneiros disseram que “não estava disponível” e 20,1% deles observaram que onde havia ducha, a água estava “suja”.
Outro ponto crítico foram os serviços de borracharia e mecânica: 31% responderam que “não estão funcionando” e outros 11% confirmaram que estão “mais caros do que o normal”. O levantamento indicou ainda que, segundo 23% dos caminhoneiros, o preço do diesel está muito mais caro.
“Se os caminhoneiros não encontrarem uma infraestrutura adequada nas rodovias, corremos o risco de interromperem suas viagens, o que irá agravar ainda mais a crise que estamos enfrentando com um desabastecimento geral de itens de primeira necessidade”, disse, em nota, Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras.
Os motoristas têm utilizado WhatsApp para se informar uns com os outros sobre as situações em cada cidade, e a empresa também tem disponível online a situação de postos em todo o Brasil, com detalhes sobre higiene e horário de funcionamento.
Valor Econômico