Pesquisa do IBGE confirma curva de aumento da oferta de bovinos

A pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou aumentos nos rebanhos brasileiros de bovinos, equinos, caprinos e ovinos e no plantel de galináceos no ano passado. Mas também confirmou que houve forte redução da produção de leite.

Segundo a PPM, o rebanho bovino do país alcançou recorde de 218.23 milhões de cabeças em 2016, 1,4% mais que em 2015. Porém, o aumento não se refletiu nos abates. No total, 29.67 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas, registrando queda de 3,2%. “A oferta de animais prontos para abate e para reposição continuou restrita em função do grande abate de matrizes nos anos anteriores, elevando o preço da arroba e do bezerro”, informou o IBGE.

Segundo os dados da PPM, o Brasil continuou com o segundo maior efetivo de bovinos do mundo e representou 22,2% do rebanho global em 2016, atrás da Índia. O país foi também o segundo maior produtor de carne bovina, com 15,4% do total mundial.

O plantel de galináceos também cresceu no país no ano passado – 1,9%, alcançando 1.35 bilhão de cabeças. Segundo o IBGE, a crise econômica, que achatou o poder de compra dos brasileiros, favoreceu o aumento do consumo de carne de frango e fez com que os produtores investissem em expansão. O movimento ajudou o Brasil a manter o status de maior exportador mundial de carne de frango.

A produção de ovos de galinha, por sua vez, foi de 3.82 bilhões de dúzias em 2016, 1,3% superior a 2015. Isso representa um rendimento de R$ 11.46 bilhões.

Em relação aos suínos, o rebanho brasileiro cresceu 0,4% no ano passado, para 39.95 milhões de cabeças – o quarto maior do mundo, atrás de China, UE e EUA. A pesquisa também contabilizou um rebanho efetivo de 1.37 milhão de cabeças de bubalinos e de 5.58 milhões de cabeças de equinos. Já o efetivo de caprinos somou 9.78 milhões de cabeças em 2016 – crescimento de 1,7% na comparação ao ano anterior, enquanto o rebanho efetivo de ovinos chegou a 18.43 milhões de cabeças, permanecendo praticamente estável.

A produção de leite, por sua vez, foi de 33.62 bilhões de litros em 2016, 2,9% menor do que no ano anterior. Minas Gerais continuou como maior produtor de leite do país, apesar de ter produzido 1,9% a menos do que em 2015 (8.97 bilhões de litros). A produção mineira representou 26,7% da produção nacional. O preço médio nacional do leite ao produtor foi de R$ 1,17 por litro, um aumento de 15,2% em relação a 2015. Isso representou um valor de produção de R$ 39.44 bilhões.

A pesquisa do IBGE também mostrou que, liderada pelo município amazonense de Rio Preto da Eva, na região metropolitana de Manaus, a produção brasileira de peixes cresceu 4,4% em 2016, para 507.120 toneladas. A tilápia, cuja produção aumentou 9,3%, respondeu por 47,1% desse volume.

Mais informações em www.ibge.gov.br

 

Fonte: Valor Econômico

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