O Pará vai anunciar um plano de concessão de ferrovia para o escoamento ao exterior da soja de Mato Grosso. A futura estrada de ferro deverá cortar a banda leste do Pará.
O trecho sul, de Santana do Araguaia (na divisa com Mato Grosso) a Marabá, terá 590 km de extensão e está orçado em R$ 8.3 bilhões.
A metade norte, por sua vez, com 750 km, completará o percurso de Marabá até o porto de Barcarena (vizinho a Belém) – a previsão de custo é de R$ 9.2 bilhões.
Hoje, o transporte dos grãos de Mato Grosso até o litoral paraense se dá por meio de caminhões e barcaças.
“A redescoberta da região Norte para exportações significa que ela é uma alternativa viável para o país vender à Europa, aos Estados Unidos e à Ásia [pelo canal do Panamá]”, disse o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB).
“Mesmo neste momento de adversidade, temos nos equipado para sair da crise em uma posição favorável”, disse.
Entre as empresas interessadas no projeto, segundo Jatene, estão uma estatal chinesa de ferrovias e uma multinacional de origem argelina, que também tem planos de construir uma central para o processamento de grãos.
“A intenção é nos tornarmos mais que um mero corredor de exportação de commodities. Queremos instalar estruturas para agregar valor aos produtos antes que eles sejam levados ao exterior.”
O projeto será apresentado nesta sexta-feira (26) a empresários na FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Fonte: Folha de SP