Paisagismo: mercado ganha força no país

Parque Madureira, no Rio de Janeiro
Parque Madureira, no Rio de Janeiro

 

Os projetos urbanos que se multiplicam no Brasil, tendência que ganhou força com a Copa do Mundo e deve seguir em alta com os Jogos Olímpicos de 2016, abrem um mercado importante para quem deseja trabalhar com paisagismo.

“Com toda a modelação e remodelação urbana, existe uma busca por profissionais para projetos paisagísticos. Como não temos tantos projetistas acadêmicos, alguns profissionais, como engenheiros e arquitetos, têm buscado cursos de curta duração como complementação”, explica Esther Martins, consultora e professora de paisagismo da Escola Wencesláo Bello, mantida pela SNA no Rio de Janeiro.

Segundo Martins, o mercado em expansão necessita de mão-de-obra especializada principalmente para as constantes manutenções.

“Condomínios, prédios residenciais e comerciais, enfim, com o crescimento do número de construções há uma forte demanda para manutenções. Recebemos no curso, por exemplo, muitos jardineiros em busca de especialização que conseguem preencher esta lacuna e aumentar a sua renda.”

A consultora explica que o paisagismo abrange três diferentes áreas de atuação. O mercado mais disputado, diz ela, está relacionado ao paisagismo urbano, que consiste na implantação de áreas públicas verdes que beneficiam o mercado imobiliário e têm impacto social benéfico numa região.

“Há também o paisagismo residencial, que é realizado com base em diversos conceitos para pequenas residências, e o macropaisagismo, direcionado a rodovias e a grandes indústrias para recuperação de áreas degradas.”

Estudos de curta duração da SNA

De acordo com Esther Martins, no curso de paisagismo, os alunos que já forem graduados terão a oportunidade de aprofundar a parte técnica, a partir de estudos práticos, como aprender a fazer plantio e preparar o solo.

“Já os que não são graduados, mas buscam inserção no mercado de trabalho ou, ao menos, fazer trabalhos pontuais, vão aprender que o paisagismo não é apenas voltado para decoração, mas exige conceitos técnicos, que serão ensinados na prática, como fazemos aqui na Escola Wencesláo Bello. Para trabalhar na área, é preciso ter sensibilidade para entender qual é a carência de um determinado local, o que as pessoas esperam do projeto, que espécies implantadas podem auxiliar outros biomas. Abordamos sempre o conceito sociaombiental, que nos ajuda a analisar o impacto que o homem gera em determinado ambiente, para que o profissional intervenha levando em consideração este impacto”, diz a professora.

Trabalhar em equipe é um dos fundamentos mais importantes aprendidos na sala de aula, garante Martins, que acredita que um bom profissional deve “saber que não se trabalha sozinho, que é necessário agregar habilidades”. “Cada cidade tem uma cultura diferenciada, o Rio é diferente de São Paulo, que é diferente do Rio Grande do Sul, e quem trabalha com paisagismo precisava ter noção da cultura de cada região e levar isso para o projeto. Recebemos pessoas de estados diferentes e sempre os estimulo a trabalhar em equipe, porque, assim, existe uma complementação de conhecimentos.”

A valorização que um projeto paisagístico gera para um empreendimento varia de 20% a 30% sobre o valor do imóvel. Mas existem números ainda mais otimistas.

“O Parque Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, foi responsável por valorizar a área em mais de 45%”, exemplifica a consultora.

 

Por Equipe SNA/RJ

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