Página Rural: Presidente da CNA participa de live sobre novas linhas de financiamento para o agro

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, participou de uma live sobre novas linhas de financiamento para o agro na terça-feira (28/7).

A transmissão ao vivo foi promovida pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e teve como entrevistado o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O foco do debate foi discutir opções de financiamento diferenciadas, com prazos e carências mais ajustadas às demandas do setor.

João Martins disse que o agro sempre foi carente de recursos e que, apesar de ser eficiente por conta do uso de tecnologias, segue com a necessidade de financiamento. A expectativa do presidente da CNA é que a Caixa Econômica Federal atenda a essa demanda dos produtores rurais.

Ele também defendeu que a instituição bancária possa operar com os três fundos constitucionais: Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

Guimarães destacou que a Caixa Econômica Federal terá um papel diferenciado na parte de agronegócios e vai disponibilizar R$ 50 bilhões em linhas de crédito para o setor até o final de 2022.

As novas linhas de investimento são destinadas a construção de armazéns; aquisição de tratores, pulverizadores, colheitadeiras e implementos; financiamento de projetos de irrigação; energia solar e aquisição de animais, entre outros.

Nos recursos obrigatórios, com prazo máximo de 15 anos e até três anos de carência, as taxas de juros serão a partir de 3,5% ao ano (custeio/comercialização) e de 4,8% ao ano (investimento Pronamp).

“A Caixa sempre teve foco imobiliário, em serviços sociais e crédito às micro e pequenas empresas. E agora na parte agrícola. Por isso temos uma série de vantagens comparativas. Ninguém quer ter apenas um banco de relacionamento”, afirmou o presidente da Caixa. Ele também ressaltou a importância da rediscussão do papel do FCO, FNE e FNO.

“Temos que trabalhar esses fundos constitucionais. O agro tem que procurar, por meio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da CNA, ver como podemos acessar esses fundos constitucionais. É um dever de casa que nós temos de fazer”, declarou o presidente da SNA, Antônio Melo Alvarenga Neto.

Na opinião do presidente da Organização Brasileira das Cooperativas (OCB), Márcio Lopes, o principal desafio é manter em operação a máquina do negócio agrícola brasileiro com crédito. Ele entende que é preciso pensar estrategicamente como manter a atividade financiada e com juros compatíveis com a realidade da competitividade do mundo.

O encontro contou, ainda, com a participação de presidentes de entidades do agro e de associações setoriais, além de representantes de cadeias produtivas.

 

Página Rural

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