Em setembro, pela primeira vez em 2018, o frango vivo, o suíno vivo e o boi em pé, registram, a um só tempo, valorização de preço. São os efeitos do período de entressafra da carne, neste ano um tanto tardios, pois, normalmente, o processo de altas se inicia entre os meses de maio e junho.
O maior ganho do mês está sendo registrado pelo frango, que deve alcançar em setembro valorização da ordem de 21% sobre o mês anterior e de perto de 5,5% nos oito primeiros meses de 2018 (em relação ao mesmo período do ano passado).
Supera assim, nos dois quesitos, a inflação oficial que, neste ano, acumula variação em torno de 4%. Mas perde da mesma inflação em dois anos (cotação média atual quase 5% menor que a dos mesmos nove meses de 2016) e em três anos (valorização de pouco mais de 9% contra uma inflação de quase 16%).
De toda forma, o desempenho do frango vivo ainda é melhor que o do boi e do suíno, cujos preços médios, em um, dois ou três anos, se encontram aquém da inflação acumulada nesses períodos.
No triênio, os três principais itens da produção animal brasileira perdem para as matérias-primas, ao mesmo tempo em que caminham na contramão da economia. Pois, frente a uma inflação de cerca de 16% e valorização de 44% para o milho e de 21% para o farelo de soja, o valor do frango vivo evoluiu apenas 9%, enquanto boi e suíno permanecem com valores nominais 1,18% e 6,81% inferiores aos dos nove primeiros meses de 2015.
Fonte: AviSite