Sem registro de novos casos há mais de três meses, diversos países asiáticos e europeus afetados pela Influenza Aviária começam a se declarar “áreas livres da doença”, como estabelece a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Mas podem estar agindo precipitadamente, pois a chegada do inverno ao Hemisfério Norte vem fazendo o problema reaparecer.
Quem, por exemplo, acaba de declarar seu país livre da IA é o ministro da Agricultura da França, onde os surtos de H5N8 iniciados no final de 2016 se estenderam até junho de 2017. Mas dois países fronteiriços, Itália e Alemanha, acabam de registrar novos casos, situação que se repete na Rússia e em Chipre. Na Ásia, quem continua enfrentando sérios desafios com a Influenza Aviária é a China.
Mas a presença do vírus da Influenza Aviária não se resume à Europa e à Ásia. No continente africano ele continua ocasionando problemas em vários países. Chamam mais a atenção os casos ocorridos na África do Sul, onde quase uma centena de localidades já registrou casos da variante H5N8.
Diante do agravamento da situação, o governo sul-africano avalia, no momento, a possibilidade de adotar a vacinação preventiva, recurso que não é visto com bons olhos, pois irá afetar as exportações dos produtos avícolas da África do Sul.
Não há dados sobre a extensão dos problemas causados pelo vírus da IA na avicultura local, mas tudo indica que há grandes perdas na produção, porquanto governo e indústria estudam, no momento, a possibilidade de importar ovos férteis para a produção de pintos de corte.
Por fim, há um registro da doença na América Central. O Ministério da Agricultura da República Dominicana reportou à OIE a presença da variante H5N2, caracterizada como de baixa patogenicidade. O caso foi registrado em uma granja de poedeiras (49 mil aves) da província de Espaillat e detectado após queda elevada da postura e aumento anormal da mortalidade.
Fonte: AviSite