Novos recursos tecnológicos são usados na fruticultura a baixo custo, destaca A Lavoura nº 709

Agricultura de precisão pode ser aplicada na fruticultura, incluindo em pequenas lavouras. Foto: A Lavoura nº 709

Imagens de satélites, sistemas de informação geográfica, GPS, equipamentos automatizados e de informática são alguns dos recursos tecnológicos à disposição dos produtores rurais pela agricultura de precisão (AP). Neste cenário, já existem conhecimentos e informações bem estabelecidos, que permitem seu emprego no dia a dia das propriedades, de maneira mais simples, fazendo com que o agricultor se organize melhor e possa controlar suas atividades, custos e produtividade.

Pesquisador da Embrapa Semiárido (PE), Luís Henrique Bassoi confirma que a AP também pode ser utilizada em fruticultura e que esta forma de gestão é perfeitamente aplicável a pequenas lavouras.

No levantamento feito em uma área de apenas 1,6 hectare, a partir de um trabalho realizado com a cultura de uva de mesa em Petrolina (PE), foi possível encontrar uma variabilidade significativa. Segundo Bassoi, isto permitiu, entre outras avaliações, um manejo diferenciado e mais econômico da irrigação.

Ele explica que, com o auxílio de uma ferramenta nada sofisticada (o trado, velho amigo dos agricultores na coleta de solo para análise em laboratório) e com um procedimento típico de agricultura de precisão (por amostragem em vários pontos formando uma malha ou reticulado), foi possível perceber que, em alguns locais, havia pedras e encharcamento, a partir de 80 centímetros de profundidade, indicando uma limitação, justamente onde a drenagem é mais lenta.

Dividindo a área em seis zonas e monitorando a umidade do solo, foi aplicada uma lâmina de
irrigação maior, naquelas menos úmidas, e uma lâmina menor, nas mais úmidas.

VISUALIZAÇÃO

“O produtor observava esse problema visualmente. Ele mesmo havia dividido a área em vários segmentos e já estava praticando um manejo diferenciado da irrigação, mas ainda de maneira intuitiva. O que nós fizemos foi dar um ‘empurrãozinho’ para ajudá-lo a visualizar melhor a variabilidade no campo”, explica Bassoi.

A aplicação da AP neste sistema de produção subsidiou também outras decisões. Com um equipamento simples — o clorofilômetro — foi mapeado o conteúdo de nitrogênio na folha, ao
longo do ciclo. As zonas homogêneas, apontadas com estes dados, indicaram os locais mais apropriados para a coleta das bagas de uva, que serviram de amostra para verificar se já estavam
no ponto de colheita.

Continue lendo a reportagem, sem custo algum, na edição nº 709/2015 da Revista A Lavoura, página 42, clicando aqui!

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Fonte: A Lavoura nº 709/2015

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