Não é de hoje que alguns alimentos são classificados como heróis ou vilões da saúde. Essa classificação reflete em uma série de dietas da “moda”, muitas delas altamente restritivas, que dominam o mercado da beleza e nutrição. Todavia, é necessário ter cautela ao escolher uma forma de se alimentar. Em longo prazo, regimes muito limitados trazem consequências negativas ao organismo. O melhor caminho para uma vida saudável é a reeducação alimentar e a busca por escolhas saudáveis sem, necessariamente, excluir um nutriente.
“As pessoas estão mudando os comportamentos alimentares e estabelecendo uma relação inadequada com a comida. É o que chamo de terrorismo nutricional, ou seja, a busca por um corpo em forma ultrapassa os limites de saúde; são regimes extremos que não tem conexão com o estilo de vidadas pessoas. É preciso lembrar que nenhum alimento isoladamente é responsável por engordar ou desenvolver algum tipo de doença. Estar com o corpo desejado significa também ser saudável. Nesse sentido, o segredo está no equilíbrio do consumo, seja qual for o grupo alimentar”, explica o Dr. Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
Uma alimentação restritiva reflete a desconexão com a comida, além do risco de desenvolver a ortorexia. Parecida com transtornos como a bulimia e a anorexia, é o estado no qual a pessoa lê rótulos o tempo inteiro e se limita em alimentar-se somente segundo certos preceitos. Por exemplo, se o “vilão” do momento é o açúcar ou o glúten, o indivíduo vai acreditar que excluir totalmente esses alimentos é a melhor opção. Porém, na maioria das vezes, não presta atenção na quantidade que ingere de outros produtos, podendo até engordar.
De acordo com o estudo publicado no jornal da Sociedade Americana de Psicologia, nove em cada dez pessoas que iniciam um regime restritivo fracassam, sendo que sete acabam com um peso maior do que quando começaram. “A dieta com a exclusão de ingredientes tem uma resposta muito rápida, mas, depois de um período, o resultado passa a ser lento, pois o organismo se adapta a essa situação. Isto é, começa a fazer reservas podendo acumular gorduras, por exemplo, e a tendência é que, ao término desse regime, o indivíduo compense o que deixou de comer ingerindo porções maiores, já que sente a ausência do que foi excluído”, explica o Dr. Magnoni.
Ainda segundo o especialista, o organismo fica nitidamente mais fraco e os prejuízos diferem de acordo com o grupo de alimentos retirado do cardápio. No caso dos carboidratos, por exemplo, o corpo fica mais cansado, pois não está recebendo sua principal fonte de energia. O açúcar é o único componente que, transformado em glicose, fornece energia para o cérebro. O ingrediente também é responsável pela liberação do neurotransmissor serotonina que traz a sensação de bem-estar. Já a restrição da ingestão de gorduras pode interferir na reserva energética que protege o corpo das alterações de temperatura, na produção hormonal e das membranas celulares.
O ideal para manter o corpo e a mente saudáveis é optar por escolhas conscientes e, de maneira geral, a reeducação alimentar junto à prática de exercícios físicos e um sono adequado. “As pessoas precisam resgatar o prazer de comer. Mais importante do que seguir dietas da moda é conhecer o próprio corpo e suas necessidades, suprindo-as de maneira adequada”, indica o nutrólogo.
“É importante reforçar que não existem vilões ou mocinhos na alimentação. O que importa é o contexto e a quantidade consumida do ingrediente. O prejudicial à saúde é o excesso e qualquer alimento consumido com equilíbrio não fará mal à saúde. Escolhas conscientes devem permear a busca por mais saúde”, salienta Magnoni.
Sobre a campanha Doce Equilíbrio:
A Campanha Doce Equilíbrio, é uma iniciativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e tem como objetivo promover a informação sobre o equilíbrio na alimentação e estilo de vida. Equalizando o debate sobre o açúcar como componente que pode e deve fazer parte de uma vida saudável, a campanha visa o bem-estar da sociedade. Nas plataformas de blog (http://www.campanhadoceequilibrio.com.br/), Facebook (www.facebook.com/campanhadoceequilibrio) e Instagram (http://instagram.com/campanhadoceequilibrio), o público pode acompanhar e participar interativamente dos conteúdos relacionados ao universo do açúcar.
O projeto conta ainda com o apoio da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), e do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool).
Fonte: Burson-Marsteller