Mato Grosso do Sul encerrou a safra 2016/2017 de cana-de-açúcar registrando um aumento de 31,3% na produção de açúcar em relação ao ciclo 2015/2016, passando de 1.32 milhão de toneladas para 1.74 milhão de toneladas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2 de maio), pela Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul). A entidade aponta que com esse volume, o Estado permanece como o quinto maior produtor nacional do alimento.
De acordo com o presidente da entidade, Roberto Hollanda, neste ciclo, o estado contou com 20 usinas sucroenergéticas em operação. Juntas elas processaram 50.27 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um novo recorde de produção e um incremento de 3,1% frente as 48.72 milhões de toneladas da temporada passada.
Outro produto do setor a contabilizar aumento de produção na safra passada, segundo Hollanda, foi a bioeletricidade. As usinas do estado entregaram ao Sistema Interligado Nacional 2.596 gigawatts hora (GWH), um crescimento de 5,9% em relação ao ciclo anterior.
Em contrapartida, houve uma queda no processamento de etanol, que recuou de 2.820 bilhões de litros para 2.709 bilhões de litros, o equivalente a uma retração de 3,9%.
“No último ano, o etanol representou 72% do mix de produção estadual, enquanto o açúcar representou 28%. Esse número ilustra uma preocupação crescente do segmento, que vem sofrendo com políticas públicas equivocadas do governo federal há pelo menos oito anos. Precisamos de atenção do poder público para que o etanol volte a ser competitivo e se torne uma realidade para o consumidor brasileiro”, disse o presidente da Biosul.
Além de apresentar os números da temporada encerrada, Hollanda também revelou a expectativa para o novo ciclo, 2017/2018, que foi iniciada em 1º de abril. “Projetamos um crescimento de 14,2% na produção de açúcar e de 2,2% na produção de cana, chegando a 1.99 milhão e 51.4 milhões de toneladas, respectivamente. Também esperamos uma modesta retomada de crescimento na produção de etanol, de 0,93%, chegando a 2.74 bilhões de litros”.
Em relação a bioeletricidade, a expectativa, conforme o dirigente da Biosul é de um aumento de 11% no fornecimento ao sistema nacional frente ao ciclo recém-concluído, alcançando a marca de 2.880 GWH.
Fonte: G1