A duplicação da BR-163, importante rodovia para escoamento de produtos agrícolas de Mato Grosso, vai ser completada até 2021 entre Rondonópolis e Cuiabá, e deverá ser realizada em algum momento também até Sinop, ao norte do estado, disse o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, nesta sexta-feira.
“Sei que a 163 é uma necessidade, e aí quero dizer que até o ano que vem vamos terminar a duplicação de Rondonópolis até Cuiabá, fazendo os contornos que estão faltando”, afirmou o ministro durante evento em Sinop com o presidente Jair Bolsonaro.
Freitas também falou em dar uma “solução para a Rota do Oeste muito em breve”, mas não entrou em detalhes ao fazer referência, em seu discurso, à concessionária da rodovia.
“Vamos ter uma nova realidade, um novo contrato, e essas obras acontecerão. Sabemos que tem de duplicar até Sinop, e ela vai ser duplicada. Não é só a 163, é a 242, 158, 174 e 364, e vamos ver isso acontecendo”, disse o ministro, ressaltando que o governo se preocupa com a infraestrutura para tornar o Brasil também eficiente da “porteira para fora”.
Com a conclusão de pavimentação de um trecho da BR-163, no Pará, o custo do frete rodoviário caiu mais de 15% para escoar a segunda safra de milho deste ano, conforme dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), que indicam os benefícios que as melhores condições das estradas podem trazer para o produtor rural.
Ferrovias
Segundo Freitas, o Mato Grosso não será somente o maior produtor de alimentos do Brasil, mas também terá o maior entroncamento de ferrovias do País.
Ele afirmou que a Ferrogrão sairá de Lucas do Rio Verde, enquanto a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) também passará pelo município, situado em uma das principais regiões agropecuárias do País, no meio do estado. Freitas informou ainda que o contrato para viabilizar a Fico será assinado em novembro.
“A primeira perna (da Fico) já estará em obras no ano que vem, de Água Boa até Mara Rosa em Goiás, ligando o Vale do Araguaia à Ferrovia Norte-Sul, e depois vai se estender até Lucas. Ela vai se tornar uma realidade. Estou impressionado com o apetite dos investidores, que acreditam na capacidade das pessoas, não só no Mato Grosso”.
No caso da Ferrogrão, o projeto original indicava o início da estrada de ferro em Sinop, e não em Lucas do Rio Verde, ligando a região produtora até o porto fluvial de Miritituba, no Pará, de onde saem barcaças com grãos até os portos do Amazonas, para serem carregados em navios graneleiros que avançam pelo Oceano Atlântico.
O trajeto da Ferrogrão é paralelo à BR-163, em direção ao Norte, e servirá para aliviar o fluxo de caminhões na importante rodovia.
Reuters