Ministra da Agricultura prega reaproximação com a África

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou hoje que as tecnologias agrícolas brasileiras podem ser adaptadas e adotadas pelos países africanos para gerar desenvolvimento e renda no continente. Ela também defendeu menos protecionismo no comércio mundial de alimentos como forma de melhorar as condições de vida no campo das nações mais pobres. Tereza Cristina participou do evento Focus on Africa, promovido pelo Standard Bank Brasil.

“Essa parceria estratégica, que seguimos buscando construir, é uma via de duas mãos. Contribuir para o desenvolvimento da produção africana pressupõe também um tratamento aberto à comercialização da produção brasileira. Para a África chegar ao mundo, deve também se abrir ao mundo e ao Brasil”, disse a ministra.

Ela afirmou ainda que o protecionismo, sobretudo em países desenvolvidos, tem ameaçado a viabilidade da agricultura mais moderna e dinâmica em países em desenvolvimento.

“Um comércio agrícola de fato livre e justo permitiria, sem dúvida, a disseminação de melhorias das condições no campo, onde está concentrada a maior parte da pobreza no mundo. Desencadearia, ademais, um ciclo virtuoso, em que maior produção descentralizada garantiria maior acesso a alimentação e nutrição adequadas”, disse.

O Brasil tenta se reaproximar da África após um “erro estratégico”, como define o presidente da Embrapa, Celso Moretti, que foi a saída dos projetos em conjunto com o continente. Agora, o foco é levar empresas privadas para lá.

 

Valor Econômico

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