Ministra da Agricultura diz que desafio do Brics é resolver tendência a protecionismo

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira (17) que o principal desafio do bloco formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul (Brics) é resolver tendências ao protecionismo, isolacionismo e unilateralismo. “(Os desafios) Exigem, como antes, respostas coletivas. Exigem que nos atenhamos à mesma ideia: simples, mas poderosa, de unir forças”, defendeu durante boas-vindas a representantes de delegações do Brics que estão em Brasília para a Reunião de Vice-Ministros de Agricultura do bloco econômico.

Temas como promoção da ciência, tecnologia e inovação; economia digital; aumento dos contatos entre o setor produtivo e projetos desenvolvidos pelo Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NDB na sigla em inglês) deverão ser discutidos durante a visita das autoridades que termina nesta quinta-feira (18).

O encontro é preparatório da 9ª Reunião de Ministros de Agricultura do Brics, que será realizada em Bonito (MS), em setembro. Em Brasília, os representantes da delegação conheceram a sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e visitaram os laboratórios que testam novas variedades de cana-de-açúcar e bancos de sementes e mudas.

Para a ministra, é uma oportunidade de mostrar as inovações produzidas pela instituição que contribui para o esforço de adaptação da agricultura tropical às mudanças climáticas. Tereza Cristina também destacou que o “Brasil país está pronto e disposto a contribuir para garantir a segurança alimentar global, incorporando, no centro de sua estratégia, os princípios do desenvolvimento sustentável”.

Mercosul

No fim do encontro, Tereza Cristina comentou sobre a Cúpula do Mercosul, que começou nesta quarta-feira na Argentina. “Nós temos vários temas, o acordo com a União Europeia, que precisa prosseguir, e também discutir como isso se dará nos próximos (anos), incluindo a aprovação pelos parlamentos”.

Ela também demonstrou otimismo e afirmou que “as coisas agora caminharão. Nós temos aí um ótimo clima de discussão. No agro, alguns problemas entre nós, que nos afetam e que temos que trabalhar uma nova maneira de ganhar novos mercados”.

O Brasil estará à frente do grupo nos próximos seis meses e será o anfitrião da próxima reunião do Mercosul, que será realizada no fim do ano em Bento Gonçalves (RS).

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