O subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Miranda, afirmou que a Pasta está sugerindo um fundo financeiro como solução para o endividamento agrícola. A decisão ocorreu durante uma reunião com 27 deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no início da tarde desta terça-feira (12/3).
A proposta entregue pelo ministério sugere que os produtores rurais se reúnam em pequenos grupos, em uma espécie de consórcio, formando um fundo financeiro, que seria considerado como forma de garantia para novos créditos junto ao Banco Nacional Desenvolvimento Social (BNDES).
“O que estamos passando agora para o produtor e para a cadeia produtiva é que, se quebrar o produtor, todo mundo perde. Essa solidariedade tem de ser integrada. Ter uma inflação a 3,5% e os juros chegando a essas pessoas a 17 ou 18% com certeza não é financiamento, é um sócio oculto”, disse o presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS).
Segundo o vice-presidente na Câmara dos Deputados da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR), esse assunto ainda precisa ser discutido entre todos os parlamentares que fazem parte da frente. “O setor rural tem uma dívida quase que impagável hoje”, afirmou o deputado.
“Não é pela má vontade do produtor ou por uma inadimplência voluntária. Ela é dada por uma crise econômica, por frustração de safra, intempéries climáticas, problemas de exportação, problemas de mercado. A agricultura é uma atividade de risco. Você reza para chover e reza para dar sol, dependendo da colheita e do plantio. Se o produtor não acessa a crédito, não consegue fazer que sua atividade gire”, explicou Souza.
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