Mapa estima Valor Bruto da Produção de 2019 em R$ 603 bilhões

A melhora das perspectivas no mercado de milho levou o Ministério da Agricultura a elevar levemente sua estimativa para o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do País em 2019. Segundo levantamento divulgado ontem, a Pasta passou a prever o VBP total em R$ 603.4 bilhões, cerca de R$ 600 milhões a mais que o projetado em julho e montante 1,20% superior ao de 2018.

Para os 21 produtos agrícolas que fazem parte da pesquisa, o VBP foi ajustado pelo ministério para R$ 399 bilhões, mesmo patamar previsto em julho e com queda de 0,40% em relação ao ano passado. Essa queda virá sobretudo da piora apontada para a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro.

Segundo o ministério, o VBP do grão deverá atingir R$ 128.8 bilhões neste ano, 13,40% menos que o recorde histórico de 2018. Influenciam essa redução a queda da colheita nesta safra 2018/19 e a tendência de retração de preços, em parte derivada da menor demanda.

Para o VBP do milho, cuja safrinha bateu novo recorde, a projeção do ministério voltou a melhorar. Passou a ser de R$ 60.5 bilhões, 22,90% superior ao montante de 2018. No caso da cana, a Pasta ajustou sua estimativa para R$ 58.3 bilhões em 2019, 8,40% abaixo do ano passado.

Vale destacar, ainda, as altas na comparação com 2018 de algodão (16,60%, para R$ 41.4 bilhões), laranja (8,10%, para R$ 14 bilhões), banana (20,50%, para R$ 12.8 bilhões) e trigo (8,20%, para R$ 5 bilhões), além da baixa projetada para o café (24,70%, para R$ 19.6 bilhões).

Para o VBP conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério ajustou sua estimativa para R$ 204.4 bilhões – 4,50% mais que em 2018. Pesam nesse aumento os reflexos positivos da epidemia de peste suína na China para demanda e preços no mercado global de carnes em geral e sobre as exportações brasileiras em particular.

Em relação ao frango, a previsão de VBP do ministério foi mantida em R$ 62.9 bilhões – 13,40% mais que em 2018. Também há aumentos projetados para os bovinos (1,30%, para R$ 81.4 bilhões) e para os suínos (9,30%, para R$ 15.9 bilhões). E há quedas calculadas para o leite (1,60%, para R$ 33 bilhões) e para os ovos (4%, para R$ 11 bilhões).

 

Valor Econômico

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