Minas Gerais segue como maior produtor de café no Brasil, responsável por 46% da safra 2021

O Estado de Minas Gerais mantém o título de maior produtor nacional de café. Segundo dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foram colhidas 21.45 milhões de sacas neste ano, o equivalente a 46% da safra em todo o País.

Além dos números, o protagonismo da commodity também estará representado na Semana Internacional do Café (SIC), que volta ao Expominas, em Belo Horizonte, entre os dias 10 e 12 de novembro, oferecendo ainda uma intensa programação online.

Atualmente, o café é cultivado em 451 municípios de Minas em uma área de 1.3 milhão de hectares. De todo o volume produzido no estado, o do tipo arábica responde por aproximadamente 99%.

Outro dado que impressiona é a quantidade de países na lista de exportação. São mais de 80, incluindo China, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão entre os maiores compradores. Tamanho interesse pode ser justificado pela qualidade e diversidade do produto na região.

“Os cafés de Minas Gerais se distinguem por diferentes sabores e aromas, possíveis, principalmente, por conta das variações de clima, altitude e sistemas de produção. Essas características permitem a conquista de diversos clientes nos mercados nacional e internacional”, disse a secretária de Estado, Ana Maria Soares Valentini.

Vencendo desafios

Em 2020, a cafeicultura mineira foi atingida por uma grande seca, enquanto neste ano sofreu com severas geadas, onde muitos produtores perderam grande parte de suas lavouras.

Esses eventos, junto ao ciclo de bienalidade negativa, trouxeram redução na produção em relação à safra anterior, quando foi registrado o recorde histórico de 34.65 milhões de sacas.

“Uma força-tarefa de apoio aos produtores foi criada, envolvendo os órgãos do sistema estadual de agricultura. A Emater-MG elaborou laudos gratuitos para os pequenos produtores”, informou Valentini.

Segundo ela, os laudos são importantes para que os produtores afetados, que receberam o crédito rural, possam ter  acesso ao seguro agrícola, à renegociação de suas dívidas e aos recursos das linhas de financiamento ao amparo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

“Também foi elaborada uma cartilha com as principais recomendações para os produtores afetados pelas geadas. Esperamos que na safra de 2022 possamos superar esses desafios”, acrescentou a secretária.

Foco em qualidade

O governo de Minas, por meio da Seapa e suas vinculadas (Emater-MG, Epamig e Instituto Mineiro de Agropecuária – Ima), executa diversos projetos na cafeicultura, sendo um deles o Certifica Minas Café, que é um programa de certificação de adesão voluntária. Trata-se do primeiro selo de certificação de propriedades cafeeiras no Brasil emitido por uma instituição governamental.

Por meio dele, os cafeicultores são orientados na adequação das propriedades às boas práticas de produção em todas as fases da atividade, atendendo normas reconhecidas internacionalmente. Ao final do processo, a propriedade passa por uma auditoria para o recebimento da certificação.

Importância

A SIC é um evento bastante esperado pela Seapa e por toda a cadeia produtiva do café em Minas, por impulsionar conexões de negócios e a expansão de conhecimento. A expectativa para sua retomada no formato presencial é grande.

“A produção mineira estará fortemente representada nesta verdadeira vitrine de inovação, tecnologia e sustentabilidade para o mundo que é a SIC”, destacou Valentini.

O credenciamento para o evento, que terá como tema “Retomar, reencontrar, reconectar”, já está aberto e o processo é simples e rápido.

Na edição deste ano, o cadastro será apenas no formato online, ou seja, não haverá registro no pavilhão, e vale tanto para acompanhar os conteúdos virtuais quanto para a visita ao Expominas. Neste caso, é necessário imprimir o comprovante e apresentar na entrada do pavilhão.

Mais informações em: www.semanainternacionaldocafe.com.br.

 

 

Fonte: Notícias Agrícolas

Equipe SNA

 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp