A primeira estimativa para a safra de milho 2013/2014 realizada pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta uma área de 3,36 milhões de hectares e produção de 16,34 milhões de toneladas do grão em Mato Grosso. A cultura perdeu 9,3% de sua área na safra 2012/2013, de 3,7 milhões de hectares, para outras culturas de segunda safra, como girassol e algodão.
Após a área de milho nesta safra atingir participação recorde de 46,7% sobre a área de soja no Estado, projeta-se para a temporada 2013/2014 um recuo de 6,2 pontos percentuais nesta participação. O decréscimo na área do cereal será ocasionado, sobretudo, devido às baixas cotações do grão neste ano, que desestimularam um novo avanço produtivo para o próximo ciclo.
O impacto maior no recuo da produção 2013/2014 do milho virá. Porém, em cima da produtividade do cereal. Os investimentos com insumos, sobretudo com sementes e fertilizantes serão reduzidos. Assim, a expectativa é de que a produtividade média da safra 2013/2014 seja reduzida para 81 sacas por hectare no Estado, ante 102 sacas por hectare no ciclo 2012/2013.
Com apenas 9,1% da área de soja semeada, as chuvas de outubro servirão como divisores de águas para a consolidação da expectativa do milho para a próxima temporada, podendo impactar em recuo ainda maior da área do cereal. No momento, resta aguardar como o clima irá se comportar nos próximos dias no Estado.
MERCADO INTERNO
Já não é mais novidade que as cotações do milho em Mato Grosso apresentam-se baixas nos últimos meses. O preço médio do cereal finalizou a última semana a R$ 10,09/saca no Estado, recuperação de apenas 0,2% em relação ao preço da semana anterior. Comparado ao mesmo período de 2012, a cotação do milho mato-grossense nesta última semana foi 43% mais baixa, atingindo queda de 54,7% e 47,6% em Lucas do Rio Verde e Sorriso, respectivamente.
O grande entrave para recuperação dos preços neste ano é a superoferta do cereal que não está sendo acompanhada pela demanda, pressionando os preços para baixo. Com as embarcações já lotadas de milho, fica mais difícil negociar o cereal no mercado para entrega imediata, tornando mais frequente os negócios para pagamento e entrega nos meses seguintes.
Fonte: Rural Br Agricultura