Nesta quinta-feira (7), a agência Safras &Mercado reportou que fontes próximas do Governo Federal informaram que o primeiro leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) deverá ser realizado no próximo dia 20 de agosto. A operação, que será efetivada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), ofertará 850 mil toneladas do estado de Mato Grosso, com destino para o Nordeste e as exportações.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, a assessoria de imprensa da companhia informou que aguarda um comunicado oficial por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a elaboração dos editais. Nesta quarta-feira, a Portaria Interministerial número 798, publicada no Diário Oficial da União estabeleceu os parâmetros para a realização do leilão.
Porém, os representantes do setor ainda aguardam os editais com a definição dos volumes que serão ofertados e as regiões em que os prêmios serão pagos. Na semana anterior, o Governo já tinha adiantado que iria destinar em torno de R$ 500 milhões para a realização das operações, e os estados de MT, MS, GO e BA seriam beneficiados. Na ocasião, o Ministro da Agricultura, Neri Geller, sinalizou para imprensa que o primeiro leilão seria realizado ainda na primeira quinzena de agosto.
A operação é um mecanismo adotado pelo Governo para dar suporte aos preços do cereal nas regiões produtoras onde a ampla oferta pressiona negativamente as cotações do grão, inclusive abaixo dos valores mínimos fixados pelo governo. Situação que tem sido agravada, em muitas localidades, com o avanço da colheita da segunda safra, projetada em 46.872,6 milhões de toneladas pela Conab.
Na visão do presidente do Sindicato Rural de Sorriso (MT), Laércio Pedro Lenz, o anúncio dos leilões é positivo para a região, uma vez que a saca é cotada entre R$ 10,00 a R$ 10,50 na localidade, enquanto que o preço mínimo é de R$ 13,56 a saca. “Estamos precisando da intervenção do Governo, porém ainda estamos preocupados, já que apenas 50% dos prêmios da safra passada foram pagos até o momento. É preciso que haja mais agilidade para o pagamento dos prêmios”, afirma.
Fonte: Notícias Agrícolas