O analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica disse que o mercado do milho continua travado em agosto, a exemplo do que ocorreu nos meses de junho e julho. Segundo o especialista, a situação atual faz com que o volume dos estoques aumente e, consequentemente, o preço se mantenha o mesmo.
O mercado de milho continua no “chove-e-não molha” em que está há mais de dois meses. Por um lado, os vendedores não querem abrir mão do produto porque, com isto, esperam criar escassez e elevar os preços. Por outro, os compradores continuam se abastecendo da mão-para-a-boca atendendo a sua demanda, que diminuiu, disse.
Segundo o analista, a situação está se tornando favorável para os compradores porque, não vendendo, a tendência é a de os estoques finais de milho, previstos para esta temporada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em um pouco mais de 10 milhões de toneladas, aumentarem ainda mais. Assim, aumentando os estoques e as disponibilidades, diminui a preocupação dos compradores, com isto, os preços tendem a cair.
O que pensamos dos níveis atuais de preço? preços do milho acima de R$ 40,00/saca não são suportáveis pelos consumidores em grande escala. Para confirmar, estamos assistindo muitos deles abandonarem ou reduzirem significativamente a atividade neste ano de 2018. Então este é um limite muito sério às pretensões dos vendedores de elevar mais as cotações, disse.
Nesse cenário o analista alerta que o não é muito lucrativo pensar nos números e nos valores agora. Nossa recomendação é que aproveite os níveis atuais para fixar as boas lucratividades que se apresentam neste momento, sem pensar nos números (sempre enganosos) que eventualmente o preço possa apresentar daqui para frente. Quem seguiu nossa recomendação em maio teve mais lucro de quem guardou até agora o milho, disse.
Fonte: Agrolink