Médico Drauzio Varella defende carne vermelha e quebra mitos em relação ao alimento

Médico oncologista Drauzio Varella afirma que, no passado, houve uma ‘demonização’ de certa parte da sociedade sobre a carne vermelha. Foto: Divulgação Faeg

Não existe nenhuma comprovação científica que a carne vermelha causa malefícios à saúde da população, como doenças cardiovasculares ou derrames cerebrais. A afirmação é do médico oncologista Drauzio Varella, que ministrou palestra na Expopec 2017 – Exposição das tecnologias voltadas ao desenvolvimento da pecuária. O evento ocorreu até domingo, 26 de março, em Porangatu (GO).

Segundo Drauzio, houve uma ‘demonização’ de certa parte da sociedade – especialmente aquela considerada intelectualizada – em relação à carne vermelha. “Isso começou na metade do século 20, com informações erradas de que o alimento era responsável por ataques cardíacos, derrames e outras doenças cardiovasculares. Mas isso nunca foi comprovado. Não existe nenhuma evidência. Criaram uma ideologia apresentada de forma pseudocientífica que convenceu parcela da população que o problema do homem moderno estava na carne. E com isso nós engordamos a população”, enfatiza.

Ele acrescenta que ao reduzir a carne da dieta, a sociedade passou a consumir mais carboidratos e alimentos processados com açúcar, e isso resultou na obesidade. Tanto é que no Brasil, 52% da população estão acima do peso, enquanto nos Estados Unidos, 75%.

“Substituíram a carne por batata frita, pão, macarrão. Isso está na ‘cara’ que ia dar errado”, destaca.

Para Drauzio, é importante é evitar exageros. “Coma de tudo um pouco. Eu brinco que a gente deve comer o que nossa avó considerada comida. Porque se você chegava na hora do jantar e pegava um sanduíche, ela dizia que aquilo não era comida. Comida era arroz, feijão, bife, pedaço de frango, legumes, peixe. Ou seja, uma dieta variada”, reforça.

 

ALIMENTO E PRÁTICA ESPORTIVA

O médico oncologista ainda defende o consumo de carne, mas também afirma que a população precisa sair do sedentarismo.  De acordo com ele, ninguém mais anda ou prática uma atividade física e ao mesmo tempo gosta de comer.

“Daí temos um binômio que leva à obesidade. A população come muito, come errado e se exercita pouco. O corpo humano foi feito para se movimentar e não para ficar parado. Antigamente, você não via tantas pessoas gordas. Isso porque elas andavam muito. Hoje, a maioria das pessoas come na rua, por causa do ritmo de trabalho, e a dieta costuma ser ruim. Aí você vai engordando a população sem parar”, afirma.

 

 

Fonte: Sistema Faeg

 

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