Mauro Lopes recebe da FAO título de ‘Herói da Revolução Verde Brasileira’

Alan Bojanic (FAO), ao lado de alguns dos homenageados: Mauro de Rezende Lopes, Luiz Otávio Campos da Silva, Senadora Ana Amélia, Alberto Portugal, Carlos Cerri, Geraldo Sant’ana Camargo Barros, Teresa Losada Valle, Heitor Cantarella e Lourival Monaco  FOTO - Nicolas Vidal
Alan Bojanic (FAO), primeiro à esquerda, ao lado de alguns dos homenageados em sessão especial no Senado: Mauro de Rezende Lopes, Luiz Otávio Campos da Silva, senadora Ana Amélia Lemos (que presidiu a sessão), Alberto Portugal, Carlos Cerri, Geraldo Sant’ana Camargo Barros, Teresa Losada Valle, Heitor Cantarella e Lourival Monaco. Foto: Nicholas Vital

Diretor da Sociedade Nacional de Agricultura e economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), Mauro de Rezende Lopes recebeu, no último dia 13 de outubro em Brasília, o título de “Herói da Revolução Verde Brasileira”. O prêmio foi concedido em sessão especial no Senado Federal, pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), durante o 7º Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos.

De acordo com os organizadores do evento, o título dedicado a Mauro Lopes significa o reconhecimento por seu papel decisivo na transformação do Brasil nos últimos 40 anos, que deixou de ser importador para tonar-se um dos principais produtores e exportadores de alimentos do mundo.

Ao receber o prêmio, o diretor da SNA destacou que “a homenagem deveria ser concedida aos produtores rurais, verdadeiros heróis da Revolução Verde no Brasil e no mundo, aos pesquisadores da Embrapa e aos representantes das indústrias de insumos de alta tecnologia.”

Para ele, o título é o reconhecimento de um trabalho em favor da retirada do governo dos mercados agrícolas. “O governo interferia muito, ao reduzir a alíquota de impostos ou a fixar preços, por exemplo. Quis mostrar que seria melhor abastecer o mercado interno com exportações do que importando”.

DESAFIO

Quanto ao cenário agrícola atual, Lopes disse que, apesar dos notáveis ganhos de produtividade, o grande desafio de agora é a criação de matérias-primas de alto valor, ou seja, fazer com que a agricultura possa produzir alimentos biofortificados, como por exemplo, grãos com alto teor de proteína; alimentos nutracêuticos, ricos em proteínas e sais minerais, entre outros.

“É preciso avançar em engenharia genética e biotecnologia, criar indústrias de alta densidade funcional e nutricional, capazes de impulsionar o Brasil”, completou.

AGRACIADOS

O prêmio Heróis da Revolução Verde Brasileira existe há três anos e presta homenagem a gestores e pesquisadores do setor agropecuário que contribuem de maneira relevante para que o Brasil atenda à demanda de alimentos da população e se torne um grande provedor para o restante do mundo.

Também foram agraciados com o título Alberto Duque Portugal, pesquisador da Embrapa; Carlos Clemente Cerri, professor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP; Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, professor e pesquisador da USP; Heitor Cantarella, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas; Lourival Carmo Monaco, presidente da Fundecitros; Luiz Otávio Campos da Silva, pesquisador da Universidade de Viçosa; e Teresa Losada Valle, pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas.

A cerimônia foi presidida pelo senador Jorge Viana, relator do Código Florestal, e pela senadora Ana Amélia Lemos, parlamentar que é considerada de grande importância para o agro do Brasil.

Durante a sessão, os participantes comemoraram o aniversário de 70 anos da FAO.

Por equipe SNA/RJ

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