Em outubro de 2019, o Mato Grosso assinava o primeiro programa de seguro sanitário para avicultura do mundo. O título foi contratado pela Associação Mato-Grossense de Avicultura (Amav-MT) e protege os produtores de eventuais focos de influenza aviária e doença de Newcastle.
Agora a Amav-MT renovou a contratação, assinada em conjunto com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e as seguradoras Proposta e FairFax. A cerimônia ocorreu nesta quarta-feira.
Ao todo, 300 milhões de aves para corte (produção de carne) e 10,5 milhões de aves de postura (produção de ovos) foram asseguradas, com um montante de R$ 22 milhões para fundo indenizatório, além de R$ 2 milhões para fins de contenção de eventuais focos.
A apólice se transformou em um diferencial para a produção avícola do estado e, segundo Lindomar Rodrigues, presidente da Amav-MT, deu tranquilidade para as cinco plantas avícolas e 16 granjas de ovos que operam no Mato Grosso.
“Este seguro é visto com bons olhos pelos importadores de nossos produtos. É uma vantagem nas negociações para abertura de mercados, como também para a implantação de novas instalações avícolas em nosso estado”, disse Rodrigues.
Modelo
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, há expectativa que o modelo de seguro em vigor no Mato Grosso seja implantado em outras regiões, para fortalecer ainda mais a estratégia setorial em crises sanitárias.
“Como nação livre de Influenza Aviária e de doença de Newcastle, o Brasil tem empenhado esforços para fortalecer sua defesa agropecuária, bem como sua capacidade de reação diante de crises, e o seguro avícola é um grande diferencial, reforçando o papel dos fundos indenizatórios privados e públicos que temos hoje nos estados”, disse o executivo.
“Por outro lado, a assinatura comprova a transparência e a seriedade do setor em trabalhar com dados claros e ações efetivas de prevenção, que possibilitaram a assinatura de um seguro”.
Carne de frango
Em Mato Grosso, a carne de frango congelada, fresca ou resfriada ocupa a décima colocação entre os produtos mais exportados, representando em torno de 0,44% do total das exportações. Os dados são do Ministério da Economia, referentes a 2019.
Já entre janeiro e setembro de 2020, o estado exportou o equivalente a US$ 88 milhões. Isso representa uma participação de 2,079% no cenário nacional das exportações nacionais de carne de frango.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA