O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou a primeira estimativa do custo de produção do milho de alta tecnologia da safra 2021/22 em Mato Grosso.
O dólar alto e a comercialização avançada de insumos pelo produtor em relação aos últimos anos impulsionaram a elevação dos fertilizantes e corretivos (8,89%), semente de alta tecnologia (6,50%), e defensivos (4,85%).
Outro fator foi o custo com arrendamento, que também apresentou alta expressiva, justificado pela valorização da saca de soja, uma vez que a oleaginosa é a principal forma de pagamento por parte do produtor arrendatário.
Com isso, o custo do milho se elevou 12,05% em relação ao da safra 2020/21. O custo por hectare ficou em R$ 3.694,00, um aumento de R$ 316,66.
Para que o produtor mato-grossense consiga cobrir o seu custo operacional, é necessário que negocie o cereal a um preço médio de R$ 22,43/saca. Só em termos de comparação, na safra 2018/19 o custo total foi de R$ 2.789,00, quase R$ 1.000,00 a menos por hectare.
O Imea também acompanha o plantio da safrinha de milho. Foi mais uma semana abaixo da média das últimas cinco safras. Assim, Mato Grosso sinalizou com um avanço de 15,06% em relação a semana passada, registrando um progresso mais intenso entre as últimas semanas.
Segundo informantes, esse avanço foi justificado por alguns produtores que arriscaram colher a soja com umidade acima do padrão ideal, para “encaixar” o plantio do milho dentro da janela de plantio.
Com isso, o cultivo no Mato Grosso atingiu a 35,96% da área estimada, enquanto no mesmo período da safra 2019/20 era de 79,61%. Já para as regiões do território do Vale do Araguaia (nordeste), o plantio atingiu 46,75%, sendo a mais adiantada.
Por fim, a região centro-sul totalizou 12,42% dos trabalhos concluídos, e segue com o maior atraso registrado pelo Imea, provocado pelo excesso de chuva na região que dificulta os trabalhos a campo.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA