Mais de 85 entidades europeias defendem edição genética

Os principais cientistas que representam mais de 85 centros de pesquisa e institutos europeus em ciências da vida e das plantas endossaram um documento que faz um apelo aos políticos e reguladores europeus para a garantia da modificação genética na agricultura. Segundo os pesquisadores, o intuito é “salvaguardar a inovação na ciência das plantas e na agricultura”.

Os cientistas estão preocupados com a recente decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (CJEU) que pode levar ao fim da técnica de modificação genética para a reprodução de plantas. Como resultado, os agricultores europeus podem ser privados de uma nova geração de variedades de culturas mais resistentes aos estresses climáticos e mais nutritivas.

Segundo Dirk Inzé, diretor de ciências do Instituto Flanders de Biotecnologia (VIB) e um dos responsáveis pelo documento, caso a decisão da União Europeia seja definitiva, os impactos para a economia e sociedade serão sentidos de maneira contundente. Para o diretor, as implicações de uma regulamentação muito restritiva para métodos inovadores de melhoramento de plantas são de grande alcance.

“O apoio que recebemos dos cientistas para essa iniciativa em toda a Europa tem sido enorme desde o início. Para mim, ilustra claramente a atual dicotomia na Europa: como líderes europeus no domínio das ciências das plantas, estamos empenhados em fornecer soluções inovadoras e sustentáveis para a agricultura, mas somos prejudicados por um quadro regulamentar obsoleto que não está de acordo com a informação recente evidência científica”, disse Inzé.

“Com esta declaração de missão, esperamos promover a formulação de políticas baseadas em evidências na UE, que é de importância crucial para todos nós”.

 

Fonte: Agrolink

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