Para um agronegócio que já produz preservando e cresce sobre um pilar sólido de sustentabilidade, o maior desafio é comunicar essa realidade. Primeiramente aos brasileiros e, na sequência, aos clientes internacionais do Brasil, hoje o terceiro maior exportador mundial de alimentos.
Durante o BTG AgroForum, nesta sexta-feira, essa visão foi compartilhada pelo presidente da Abiove (Associação Nacional das Indústrias de Óleos Vegetais), André Nassar, e pelo CEO da 3Tentos, Luiz Osório Dumoncel.
“Não se pode promover esse antagonismo entre produção e preservação. Nossa geração é responsável por uma sustentabilidade de verdade, mas que venha com uma oferta de alimentos de qualidade e seguros, em um meio ambiente que esteja equilibrado”, disse Dumoncel.
Do mesmo modo, Nassar destacou as relações erradas que ainda se firmam entre a produção de soja e o desmatamento no Brasil e a dificuldade de fazer com que os compradores da oleaginosa brasileira se desfaçam destes conceitos já pré-concebidos sobre a produção nacional.
“A Abiove monitora o desmatamento há mais de dez anos e o ponto chave é como se comunica tudo isso”, disse Nassar. “Temos uma produção que cresce muito, mas o desmatamento ilegal tem dinâmica própria, não é sempre associado à agricultura”.
Ainda durante o evento, Dumoncel afirmou que “o papel da sustentabilidade social do setor, incluindo a criação de 65.000 vagas de empregos em 2020 ou a garantia de 18 milhões de pessoas trabalhando, é um aspecto que precisa ser comunicado, ao lado da sustentabilidade ambiental, que é tão forte no Brasil”.
Ambos os palestrantes afirmaram à ocasião que o País tem ampliado suas ações no chamado ambiente ESG – Environmental, Social and Corporate Governance – ou Governança Ambiental, Social e Corporativa, destacando programas como o Renovabio, a agricultura de baixo carbono e outras iniciativas, inclusive privadas.
Fonte: Notícias Agrícolas
Equipe SNA
